Liderando o esforço do Governo do Estado no sentido de tornar realidade o projeto de implantação do Hub do Hidrogênio Verde no Complexo do Pecém, o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior, está muito otimista em relação a esse empreendimento, que, pelos mais de 20 Memorandos de Entendimento (MOUs, na sigla em inglês) já celebrados com grandes empresas estrangeiras e, também, nacionais, preveem investimentos superiores a US$ 100 bilhões.
“O Ceará está pronto para entrar na nova economia do mundo, que será movida por energias renováveis e por um novo e limpo combustível, o H2V”, foi o que ele disse à coluna ontem à noite, depois de proclamado o resultado do pleito estadual.
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O secretário Maia Júnior está certo de que o governador eleito Elmano de Freitas, do PT, dará continuidade ao projeto do Hub do Hidrogênio Verde, que passa, obrigatoriamente, pela implantação dos projetos de geração de energia eólica offshore (dentro do mar) e pela construção de novos e grandes parques de energia solar fotovoltaica.
Ontem, Maia Júnior, como todo cearense que se interessa pelo desenvolvimento econômico e social do Estado, acompanhou não só o processo de votação, mas também o de apuração dos votos.
No que tange a eleição para o Palácio da Abolição, o resultado das urnas não o surpreendeu, sendo resultado “do prestígio político do ex-governador e, agora, senador Camilo Santana e do senador Cid Gomes”.
Esta coluna, há cerca de dois meses, encaminhou aos três principais candidatos ao governo do Ceará — Roberto Cláudio, Elmano de Freitas e Capitão Wagner – quatro perguntas, a primeira das quais levantava a questão da profissionalização dos setores do governo estadual ligados à economia.
Hoje, os organismos que se vinculam à Sedet são dirigidos por profissionais de cada área – Indústria, Comércio, Agropecuária, Infraestrutura Portuária e Energias Renováveis – quase todos indicados pelo secretário Maia Júnior, sem interferência da política.
Os candidatos não formalizaram a resposta à pergunta, mas, pessoalmente, disseram a este colunista – em linguagem de arquibancada – que “o que está dando certo será mantido”.
É muito pouco para responder a uma questão que exige especial atenção do próximo governador. Afinal, o Hub do Hidrogênio Verde, se for competente e eficientemente conduzido, mudará de vez, para melhor, a economia do Ceará. Isto, porém, dependerá da prioridade que lhe for concedida pela futura gestão administrativa do Estado, liderada pelo eleito Elmano de Freitas.
Há mais de 30 anos, o governo cearense tem cumprido seus contratos, e este é um dado que, na política de atração de investimentos, faz uma grande diferença, sendo mesmo uma vantagem comparativa nessa acirrada competição.
Outra boa vantagem do Ceará são suas ajustadas contas públicas, o que permite o cumprimento das obrigações com os servidores e com os fornecedores de produtos e serviços – os atrasos que de vez e quando se registram são exceções da regra.
É um portfólio positivo que a próxima administração terá de manter como premissa.
SUPERÁVIT DA BALANÇA COMERCIAL
Será divulgado hoje, segunda-feira, o resultado da balança comercial do último mês de setembro. Essa balança é o registro das exportações e das importações.
Pois bem: de acordo com os economistas do Banco Itaú, a balança comercial de setembro deverá mostrar um superávit de US$ 4,5 bilhões, acima dos US$ 4,4 bilhões registrados no mesmo setembro do ano passado.
Ainda segundo as mesmas previsões dos economistas do Banco Itaú, as exportações de setembro cresceram 3,5% em relação a agosto, ao mesmo tempo em que as importações devem ter desacelerado 0,3%.
No acumulado de setembro de 2021 a setembro de 2022, o superávit comercial do Brasil baterá na casa dos US$ 52,9 bilhões.
SEGUNDO TURNO PRESIDENCIAL TERÁ FOCO NA ECONOMIA
Bem, haverá segundo turno para a eleição do presidente da República. E a economia terá papel importante nessa disputa.
Aqui no Brasil, a inflação está em baixa, devendo fechar 2022 em 5,5%.
Pela primeira vez, o Brasil terá inflação menor do que os Estados Unidos, a China, a Alemanha e o Reio Unido.
Pela primeira vez, o PIB brasileiro terá desempenho melhor do que o dos EUA, o da China e o do Reino Unido.
E a taxa de desemprego está em queda.
Vamos ver se, no dia 30 de outubro, data do segundo turno, estes dados terão influência na eleição (ou reeleição) do presidente da República.