Joaquim Rolim, da SDE, refuta relatório do City sobre eólica offshoire

O especialissta cearense cita a produtividade (fator de capacidade): 55% a 62% em média da offshore comparado aos 43% em média da onshore, entre outros argumentos.

Legenda: Segundo Joaquim Rolim, a geração eólica offshore (dentro do mar) é melhor do que a eólica onshore (em terra firme)
Foto: Eólica offshore

Rápido no gatilho, o engenheiro Joaquim Rolim, secretário Executivo da Indústria da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) do Governo do Estado, rechaçou um relatório do City Bank, divulgado ontem, segundo o qual a Petrobras não deve fazer investimentos em projetos de geração de energia eólica porque, entre outras, o Brasil não está a necessitar de mais energia neste momento. 

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O documento do City diz ainda que são altíssimos os custos de implantação de um projeto de geração eólica e acentua que ainda há imensas possibilidades de geração onshore, ou seja, em terra firme, no continente.

Por uma rede social, Joaquim Rolim – que ontem foi instado por esta a coluna a opinar sobre o relatório do City Bank, mas não pode atender o pedido – escreveu o seguinte:

“Bom dia, amigos!! Apresento a seguir algumas justificativas para o investimento em eólica offshore: 

“1) Eólica onshore, nos primeiros leilões, custou o equivalente a R$ 800/MWh, hoje está em torno de R$ 170/MWh; 

“2) Outro aspecto importante é a produtividade (fator de capacidade): 55% a 62% em média da offshore comparado a 43% em média da onshore, e 40% que são a média do setor elétrico brasileiro;

“3) Necessidade de ampliar a diversificação da matriz energética brasileira, para evitar riscos de racionamento como em 2021;

“4) A eólica offshore fica próxima de centros de consumo, evitando mais linhas de transmissão;
 
“5) Pode contribuir para o desenvolvimento do Hidrogênio Verde.”