IPCA sobe e pressiona Copom sobre taxa de juros
Inflação de fevereiro foi de 1,31%, surpreendendo o mercado. Na próxima semana, o Copom terá reunião para decidir sobre taxa Selic.

Um sinal ruim para o Banco Central foi disparado pelo IPCA de fevereiro, divulgado hoje pelo IBGE: a inflação continua em aclive e com viés de alta. No mês passado, ele foi de 1,31%, ou seja, bem mais do que a de janeiro, que foi de 0,16%. Quando forem abertas, logo mais às 10 horas, as operações da Bolsa de Valores brasileira, essa péssima novidade poderá mexer no pregão, puxando para baixo o preço das ações, que já andam devagar, quase parando.
Em 12 meses, ou seja, anualizada, o IPCA chegou à casa de 5,06%, acima do teto da meta de inflação, que é de 4,5% e bem distante do centro da meta, que é de 3%.
O IBGE explicou, ao comunicar o IPCA de fevereiro, que o índice subiu por causa do aumento de 16,80% na energia elétrica residencial. Sozinho, esse aumento causou um incremento de 0,56 ponto percentual no IPCA.
Quando a Bovespa abrir, também se saberá que repercussão terá, no mercado brasileiro, a mais nova notícia sobre a guerra fiscal imposta ao mundo pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Hoje, a novidade é a posição assumida da Europa, que anunciou – pela voz da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen – retaliações comerciais contra os Estados Unidos, impondo tarifas sobre € 26 bilhões (US$ 28 bilhões, ou R$ 165 bilhões) em bens americanos.
A Bovespa também deverá repercutir, no seu pregão, a taxação de 25% sobre o aço e o alumínio brasileiros que são exportados para os EUA.
Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, vai reunir-se para decidir sobre a taxa de juros Selic. Diante da subida da inflação em fevereiro, o Copom poderá subir de novo a Selic, encarecendo ainda mais o crédito.
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