Hub do H2V: Contratos com Fortescue sairão até 10 de fevereiro

Empresa australiana será a primeira do Hub do Hidrogênio Verde do Ceará. E mais: 1) Pecuaristas aplaudem ideia do frigorífico; 2) Parceria na construção civil; 3) Divergências na Ceasa da Ibiapaba; 4) M. Dias Branco recupera manguezais

Legenda: Uma fonte do Governo do Ceará informa que, até ppróximo dia 10 de fevereiro, contratos da CIPP e ZPE com Fortescue serão assinados
Foto: Shutterstock

Atenção! Será mesmo a australiana Fortescue a primeira grande empresa mundial a instalar-se no que será o Hub do Hidrogênio Verde do Ceará, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

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Esta coluna pode revelar que o time de executivos da Fortescue – do qual fazem parte advogados especialistas em Direito Internacional – está há cinco dias trabalhando com o da CIPP S/A, que administra o Porto do Pecém e a ZPE – na elaboração dos contratos que serão assassinados para tornar tudo oficial.

Uma fonte do Governo do Ceará revelou a esta coluna que a assinatura desses contratos deverá acontecer até o próximo dia 10 de fevereiro.

Enquanto isso, a Fortescue segue tratando com empresas de energia sobre o fornecimento do insumo para a sua futura planta de produção do Hidrogênio Verde no Pecém. Outra providência que os australianos estão adotando refere-se à locação de imóveis, em Fortaleza e no Pecém e no seu entorno, para a instalação de seus escritórios e de seu pessoal.

AGROPECUARISTAS APLAUDEM IDEIA DO FRIGORÍFICO

Repercutiu positivamente no mundo da agropecuária cearense a notícia, ontem divulgada por esta coluna, segundo a qual Beto Studart – industrial, construtor, incorporador imobiliário, agricultor e pecuarista – está a mobilizar criadores de gado de corte para tornar viável o projeto de construção de um frigorífico industrial no Ceará.

Para o agrônomo e agropecuarista José Maria Pimenta, que produz leite em Quixeramobim, onde também cria carneiros, cabras e bodes, “um frigorífico está para a pecuária de corte como o lacticínio está para a pecuária de leite”. 

Ele sentencia: 

“Sem qualquer um deles, essas atividades não existem”.

Pimenta não só considera “excelente e oportuna” a ideia de construção de um frigorífico, como aposta na sua viabilidade, “porque à sua frente está um vitorioso empresário, que agora empreende também no setor da pecuária”, referindo-se a Beto Studart, que, além de bois, cria cavalos de raça.

Por sua vez, Candice Rangel, cujo rebanho Nelore de 2.500 cabeças, criado de modo intensivo na zona rural de Brejo Santo,  é um dos melhores do Nordeste, assim como o é o do próprio Beto Studart, não esconde sua adesão e seu entusiasmo ao projeto do frigorífico:

“Geraremos emprego e agregaremos valor à nossa atividade e, ainda, nos tornaremos mais independentes das especulações do mercado que sempre busca precificar para menos a produção pecuária”, ela afirma com conhecimento de causa. Se depender de Candice, o projeto do frigorífico começará a ser implantado ainda neste semestre.

Hoje, os que, no Ceará, criam boi para abate enfrentam vários desafios, entre os quais o da oferta de ração. “Na cadeia produtiva, somos os menos beneficiados”, lamenta Candice.

Beto Studart disse ontem à coluna que a ideia de implantação de um frigorífico tem várias virtudes na sua partida:
 
“Promove o aumento do plantel, qualificando-o, porque todos vão preocupar-se com a melhoria genética do rebanho; haverá melhoria no manejo de pasto por causa do incremento do plantel; e o escoamento do produto se fará de forma mais tranquila”, ele opinou.
 
Beto apontou como segundo passo do projeto o desenvolvimento de uma marca de qualidade que confira alto padrão à carne do gado Nelore, alvo do projeto.
 
Ele se referiu ao novo presidente da Faec, Amílcar Silveira, como um importante aliado na elaboração do projeto. Na sua opinião, a participação do corpo técnico da Faec será indispensável.

M. DIAS BRANCO RECUPERA MANGUEZAIS

Consciente da importância do meio ambiente e da conservação ambiental, a cearense M. Dias Branco investe na reconstituição da flora e monitoramento da fauna no Nordeste e no Sul do Brasil. Como resultado da iniciativa da líder nacional em massas e biscoitos, mais de 3.300 mangues foram cultivados nos últimos três anos.

Desde a sua fundação, em 2003, a unidade Grande Moinho Aratu (GMA), da M. Dias Branco, instalada às margens do manguezal em Salvador, na Bahia, tem recebido investimento da companhia para a reconstituição da flora e monitoramento da fauna na área. Em 2020, houve o plantio de 1.277 mudas para a preservação do mangue e da Mata Atlântica local e, em 2021, mais 651 unidades.

PRÁTICA EVENTOS CELEBRA 25 ANOS

Empresa cearense referência na realização de eventos corporativos, a Prática Eventos, comandada por Enid Câmara, celebra 25 anos. 

Neste quarto de século, ela promoveu mais de 1.300 eventos em oito estados do Brasil e em 40 municípios cearenses. 
Cerca de 1 milhão de pessoas participaram deles. 

Ontem, festejando a data, a Prática realizou o ”Seminário Prática 25 anos - conectada com o futuro”, transmitido pelo seu canal no YouTube.

PRODUTORES E CEASA DIVERGEM NA IBIAPABA

Há divergências que se agravam entre os produtores de hortifrutis da Chapada da Ibiapaba e a direção da Ceasa da região, que se localiza na cidade de Tianguá.

Na Ceasa de Fortaleza, quem dá as cartas são os atravessadores, que compram a produção dos pequenos produtores, impondo-lhes preços muito baixos.

Mas, na Ceasa de Tianguá, são os próprios produtores que fornecem os hortifrutis. A relação entre eles e os que dirigem a Central de Abastecimento da Ibiapaba azedou.

Para tentar uma solução negociada, o presidente da Ceasa-Ceará terá hoje, em Tianguá, uma reunião com as partes divergentes. O presidente da Federação da Agricultura do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, que retornou ontem da Bahia, estará presente.

OLÉ CASAS E VIANA & MOURA TORNAM-SE PARCEIRAS

Consolidadas no setor imobiliário no Nordeste, a construtora cearense Olé Casas e a pernambucana Viana & Moura, que já construíram na região mais de25 mil imóveis no Ceará e em Pernambuco para famílias de até dois salários-mínimos, celebraram parceria por meio do modelo de “joint venture” e, juntas, executam hoje oito projetos, sendo um deles em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza, que terá 700 unidades residenciais.

As duas empresas adotaram um sistema construtivo inovador, incorporando um processo que alia modernos conceitos em industrialização com técnicas e materiais convencionais na construção de casas.
 
“Nosso sistema de construção permite produzir mais e melhor, com rapidez e menos recursos. Enquanto em um sistema tradicional você precisa de um pedreiro e um ajudante para construir 20 m² de alvenaria, no nosso modelo é possível que quatro serventes construam 160 m² de parede acabada, aproximadamente no mesmo período. Com isso, aumentam a produtividade e a qualidade, enquanto se reduzem o custo e o impacto ambiental”, como explica André Montenegro, sócio e diretor da Olé Casas.
 
A Olé Casas e a Viana & Moura têm assinatura de dois grandes nomes do setor imobiliário nacional: o empresário e engenheiro cearense André Montenegro, vice-presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), e o empresário Pedro Ivo Moura, sócio fundador da Viana & Moura e membro do Conselho de Administração da Baterias Moura.
 
Entre as inovações do projeto, estão as seguintes:

Pré-fabricação - O canteiro de obras é transformado em uma fábrica com baixo custo de implementação, com todas as vantagens associadas à industrialização. Isso permite um ganho significativo em velocidade de produção. Simplicidade na execução - Ao usar materiais tradicionais, é garantida a baixa rejeição cultural dos operários e clientes. 95% de redução de resíduos - O processo industrial garante redução na geração de resíduos e no impacto ambiental.