Secretário Executivo de Energia da Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado, o engenheiro Adão Linhares, um especialista no setor, disse a esta coluna que “o Ceará tem condições – pelas características da energia renovável que gera hoje – de antecipar em cinco anos a viabilidade econômica do Hub do Hidrogênio Verde no Ceará”.
Linhares explica: “Nos casos das energias eólica e solar, sua geração é estável, permanente e unidirecional e se localizam no cinturão solar do mundo, com índice altíssimo de radiação. E sabem disto as grandes empresas estrangeiras interessadas em investir no Hub do H2V no Ceará".
Adão Linhares acrescenta:
“Os projetos de geração de energia eólica ‘offshore” (dentro do mar) previstos para implantação no Litoral Norte do Estado e aguardando licenciamento ambienta, têm, ainda, algumas virtudes, entre elas a batimetria. “Do chão do mar até a linha d’água, a distância média varia de apenas 20 a 30 metros. Assim, a instalação e a manutenção das torres eólicas e suas turbinas e pás dentro do mar terá custo baixo, o que torna a logística do Complexo do Pecém uma extraordinária vantagem comparativa”.
O secretário Executivo de Energia da Seinfra não esconde seu entusiasmo com as perspectivas que se abrem para o Ceará na área da geração de mais energias solar e eólica “offshore”, algo que tem atraído a atenção de grandes multinacionais das áreas de energia, petróleo e gás.
Um detalhe que tem a ver com a informação acima:
A Qair Brasil, que pretende produzir H2V em Pecém a partir de 2025, está instalada há dois anos em Fortaleza. Seu escritório ocupa dois andares do edifício Luciano Cavalcante Trade Center, na Avenida Barão de Studart, em Fortaleza.