Dez em cada 10 economistas e consultores em energia têm uma desconfiança:a de que será difícil conter a alta dos preços dos combustíveis, que seguem em disparada aqui no Brasil.
Além da guerra na Ucrânia, há outras razões para essa desconfiança. Uma delas, talvez a fundamental, é esta: há 17 refinarias de petróleo no Brasil, todas pertencentes à Petrobras e todas obsoletas do ponto de vista tecnológico. Essas unidades de refino não processam o petróleo brasileiro extraído da camada do pé-sal.
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Reparem: a produção de petróleo no Brasil está muito perto de atender a 100% da demanda. Mas, como não há refinarias capazes de refinar o óleo que vem do pré-sal, a Petrobras só tem uma alternativa: exportá-lo.
E o faz a preços internacionais, os mesmos que ela paga para importar o petróleo do tipo Brent, negociado na Bolsa de Londres e processado pelas refinarias da estatal.
Se há um culpado por esta grave crise econômica – agravada pelo mega aumento dos preços do óleo diesel, da gasolina e do gás de cozinha – ele tem nome: Petrobras, cujo comando – o de hoje e o de passado recente – não tomou providências para a modernização de suas refinaras.
O Brasil tem petróleo suficiente para abastecer o país. O que ele não tem são refinarias capazes de beneficiar esse petróleo, e por causa deste erro estratégico, que incrivelmente ainda perdura, o castigado povo brasileiro é agora martirizado.
Sim, o que há hoje é um martírio que logo se transformará em tortura, pois já começam a subir o preço de todas as mercadorias por causa do aumento do frete rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo.
O que está caro ficará caríssimo na próxima semana, a começar pelos alimentos vendidos nas feiras livres, nas Ceasas, nos armazéns e nos supermercados.
Todas as cadeias produtivas serão atingidas pela carestia, que nasce nas refinarias de petróleo, chega aos postos de combustíveis e se dissemina por todos os ramos das diferentes atividades econômicas.
Na livre iniciativa, é o mercado que regula – por meio da lei da oferta e procura – os preços das coisas, inclusive o petróleo e seus derivados. Intervir nesse mercado é, como sempre foi, um ato insensato.
Assim, a ideia de o governo intrometer-se na política de preços da Petrobras foi, é e será um tiro no pé. O Congresso Nacional está aprovando projeto de lei estabelecendo uma alíquota única para o ICMS incidente sobre os combustíveis. É uma medida bem melhor do que intervir na política de preços da Petrobras.
Há, porém, uma pedra no meio do caminho, e das grandes: os governadores ameaçam recorrer ao STF para impedir que a decisão do Parlamento entre logo em vigor. Os estados terão perda de receita.
Surge a pergunta: e o interesse nacional? Quem o defenderá neste ano eleitoral?
CEARÁ NA REINVESTIR
Terminou ontem no Hotel Transamérica, em São Paulo, a Exporevestir, maior evento da indústria latino-americana de revestimentos e acabamentos.
O presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção do Ceará, Lavaneri Campos, que participou da Exporevestir, retornou dela entusiasmado, porque o setor cresce em todo o país, “inclusive no Ceará”.
Desse mesmo evento, participou a rede de lojas Acal, especializada em materiais de construção. Ele mandou para a Reinvestir não apenas seus diretores, mas também um grupo de arquitetos cearenses, que conheceram na feira as tendências e os novos materiais de construção.
STAR CAPITAL FAZ PARCERIA COM PAGUE LOGO
Fintech cearense que atua com a gestão de recebíveis (há 10 anos, essa atividade atendia pelo nome de factoring) , a Star Capital celebrou parceria com a Pague Logo, com atuação no mesmo ramo.
Por meio dessa parceria, a Star Capital entrará no mercado de máquinas de cartão nas praças de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Sobral, Teresina e São Paulo, “regiões que se adequam, perfeitamente, à estratégia dos nossos negócios”, com diz o seu sócio e diretor, Gabriel Joca.
KLABIN INAUGURA FÁBRICA EM HORIZONTE
Uma curta, mas muito boa notícia para a economia do Ceará: a Klabin, maior grupo industrial brasileiro do setor de papel, papelão e celulose, inaugurará no próximo dia 18, uma sexta-feira, sua grande fábrica cearense de embalagens, localizada no vizinho município de Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza.
A Klabin está no Ceará desde janeiro de 2020, ou seja, três meses antes do início da pandemia da Covid-19.
Por causa da crise pandêmica que se instalou em todo o país, inclusive no Ceará, a inauguração da fábrica foi postergada, devendo ser realizada na próxima semana, com a presença do diretor-geral da empresa, Cristiano Teixeira. O governador Camilo Santana presidirá o ato de inauguração.
A Klabin anunciou em fevereiro passado que investirá R$ 188 milhões na ampliação de sua fábrica de Horizonte, cujos trabalhos já começaram. A ampliação é para atender ao crescimento do mercado de frutas no Ceará e no Nordeste.