Amanhã, quarta-feira, 3, e depois, 5, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) promoverá o I Fiec Summit, um seminário internacional que reunirá alguns dos maiores especialistas nacionais e estrangeiros para dois dias de debates sobre a produção da energia do futuro – o Hidrogênio Verde.
A cerimônia de abertura será às 9 horas de quarta-feira, 3, na Casa da Indústria, sede da Fiec.
Estão inscritas 1.345 pessoas de 18 países – Angola, Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, Índia, Itália, Panamá, Paraguai, Portugal, Países Baixos (Holanda), Reino Unido e Tanzânia.
Veja também
O evento, a que estarao presentes os ministros de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e do Meio Ambiente, Joaquim Leite, acontecerá em um momento que este Estado, por meio de seu governo, da Fiec e da Universidade Federal do Ceará, mobiliza-se no esforço de implantar um Hub do Hidrogênio Verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
O governo cearense já celebrou 19 Memorandos de Entendimento com grandes empresas multinacionais e nacionais, todas comprometendo-se a investir em unidades industriais de produção do H2V.
A australiana Forstescue é a que está, hoje, mais adiantada nesse processo, já tendo assinado pré-contrato com Companhia do Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém S/A, da qual é sócio o Porto de Roterdã, com 30% do seu capital e com dois diretores em sua diretoria executiva.
A Forstescue já conversa com proprietários rurais do Sertão Central do Ceará, mais especificamente dos municípios de Ibaretama, Ocara e Quixadá, em cuja geografia deverá construir um parque de geração de energia solar fotovoltaica para abastecer sua unidade de produção de Hidrogênio Verde, que será localizado na Zona de Processamento para Exportação, a ZPE do Ceará, no qual reservou área de 190 hectares.
A assessoria da Fiec informa que perto de 15 players do setor de energia procedentes de vários países tomarão parte do Fiec Summit, que terá palestras técnicas e apresentações de “cases” nacionais e internacionais, além de exposições, debates e rodadas de negócios.
Ricardo Cavalcante, presidente da Fiec e da Associação Nordeste Forte – entidade que reúne todas as federações das indústrias da região nordestina – coordena a organização do evento. Ele tem dito e repetido que o Hidrogênio Verde poderá, em cinco anos, dobrar o PIB do Ceará, que hoje é de apenas 2,2% do PIB nacional.
Há uma expectativa sobre se enviará representante ao evento a multinacional ArcelorMittal, que acaba de comprar a Companhia Siderúrgica do Pecém com planos de produzir H2V usando energia solar. A Fiec Summit 2022 terá palestrantes de alto calibre, como a norte-americana Sunita Satyapal, do Departamento de Energia dos EUA, que falará sobre a evolução do Hidrogênio Verde no seu país.
Outra palestra interessante será a de Max Correa, da Copenhagem Infrastructure Partners, que apresentará o Programa de Hidrogênio do Chile, um país que também tem avançado na implantação de unidades do H2V. Por sua vez, a subsecretária de Energia do Panamá, Rosilena Lindo, falará sobre “O Hub Transformacional do Hidrogênio Verde” do seu país. Já o secretário executivo da California Fuel Cell Partners, Bill Elrick, fará palestra sobre Mobilidade e Hidrogênio na Califórnia.
Sobre o tema “Academia e o Hidrogênio Verde no Brasil” falará o professor Fábio Coral Fonseca, diretor do IPEN – Instituto de Pesquisa Nuclear. Marina Piva, da Siemens, abordará “As Tecnologias na Produção do Hidrogênio Verde”.
Monica Swanson, diretora do Programa Internacional do Hidrogênio do Porto de Roterdã, falará sobre “As Atividades do Porto de Roterdã para o Hidrogênio Verde”.
PAGUE MENOS TEM LUCRO NO 2º TRIMSTRE
Ontem, saiu o balanço financeiro relativo ao segundo trimestre da rede de farmácias Pague Menos.
A empresa fundada por Deusmar Queirós, com sede em Fortalza, registrou lucro líquido de R$ 56,7 milhões, ou seja, 20% menor do que o do mesmo período de 2021, quando a pandemia da Covid-19 ainda açoitava o Brasil e os brasileiros.
A receita bruta da Pague Menos em abril, maio e junho, alcançou a montanha de R$ 2,210 bilhões, um incremento de 8,6% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
A Pague Menos, que concluiu o processo de compra da Extrafarma, encerrou o segundo trimestre com 1.193 lojas em todos os estados brasileiros e mais o Distrito Federal.
Por falar em farmácias: está para ser votado na Câmara dos Deputados, em regime de urgência, o Projeto de Lei 1774/2019, que libera a venda de medicamentos isentos de receita médica, como antitérmicos, xaropes, antigripais e antialérgicos.
Há dois grupos de interesse debatendo sobre essa proposta: de um lado, a favor, estão os supermercados, que consideram que, ampliando o número de pontos de venda desses medicamentos, haverá mais concorrência e o preço vai baixar.
Mas a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) está contra, evidentemente.
O cearense Sérgio Mena Barreo, que é o presidente da Abrafarma, faz uma pergunta: “Qual será a mágica dos supermercados para reduzir o preço de medicamentos, cuja carga tributária chega a 36%?”
Eis aí uma boa briga.
GOL LINHAS AÉREAS TEM PREJUÍZO
A Gol Linhas Aéreas fechou o segundo trimestre deste ano com um prejuízo do tamanho de R$ 2,85 bilhões.
No mesmo período do ano passado, a Gol obteve lUcro de R$ 642 milhões.
Por causa do prejuízo registrado em abril, maio e junho, a empresa deverá revisar sua grade de voos, devendo cancelar alguns deles durante este mês de agosto e no próximo mês de setembro.
A causa do prejuízo foram as altas recentes do querosene de aviação e a subida do dólar.
Eis aí uma boa briga.
PETRÓLEO CAI E DERRUBA A BOLSA
Fechou em queda ontem a Bolsa de valores do Brasil, a B3. Ela caiu 0,91%, aos 102.225 pontos.
A causa foi a redução do preço internacional do petróleo do tipo Brent, negociado na Bolsa de Londres e importado pela Petrobras.
Esse preço recuou para US$ 100,03 por barril. E por que recuou? Porque a atividade econômica na Europa e na Ásia, principalmente na China, segue diminuindo, e isto aponta para um menor consumo de combustíveis.
As ações das principais petroleiras do mundo, incluindo a Petrobras, caíram ontem.
Os papeis da Petrobras (PTR4) sofreram queda de 1,37%, negcociadas, no final do pregão da B3, a R$ 33,22.