Falas de Haddad e Lira acalmam o mercado e a Bolsa sobe

Ministro da Fazenda diz que proposta do novo arcabouço fiscal será enviada em março para o Congresso. O presidente da Câmara diz que o Banco Central seguirá independente

Legenda: Investidores gostaram de saber que novo arcabouço fiscal será enviado em março ao Congresso
Foto: Agência Brasil

A Bolsa de Valores brasileira B3 fechou ontem em alta de  1,62%, aos 109.600 pontos. O dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,21, com alta de 0,41%.

A subida da Bolsa foi motivada por declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele disse que no próximo mês de março encaminhará à apreciação do Congresso Nacional a proposta do novo arcaboiço fiscal do governo, que substituirá a política de teto de gastos. 

Veja também

Essa proposta seria encaminhada só em abril, mas o governo entendeu que será melhor antecipar essa providência, e isto causou repercussão positiva junto aos investidores.

Outra boa notícia que animou o pregão da Bolsa de Valores, ontem, foi a de que não estará na pauta da reunião de hoje do Conselho Monetário Nacional a questão de uma possível mudança na política de meta da inflação. 

Nos últimos dias, a mídia tem dito que o presidente Lula quer aumentar dos atuais 3,25% para 4,25% a meta de inflação para 2023. 

A palavra do ministro Fernando Haddad, negando essa possibilidade, também acalmou o mercado e ajudou a alta da Bolsa B3.

Outra fala importante, que teve boa repercussão na Bolsa, foi a do presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, na opinião de quem não há qualquer possibilidade de alteração da Lei que deu independência ao Banco Central. 

O presidente Lula tem falado muito contra a independência da autoridade monetária, mas seus próprios aliados o aconselharam a abandonar o assunto, deixando que sua base no Parlamento trate do tema. 

No pregão de ontem da Bolsa B3, as ações que mais subiram foram as do grupo cearense Hapvida, que tiveram ganho de 7,64%, fechando o dia cotadas a R$ 4,93.