Evangelho de hoje, 10/03, Domingo de Ramos (Lc 23,1-49)

A Paixão de Jesus Cristo

Legenda: Façamos uma leitura atenciosa do longo trecho do Evangelho de hoje e revivamos com Jesus os momentos da Sua Paixão e Morte
Foto: Divulgação

Naquele tempo: Toda a multidão se levantou e levou Jesus a Pilatos. Não encontro neste homem nenhum crime. Começaram então a acusá-lo, dizendo: 'Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar impostos a César e afirmando ser ele mesmo Cristo, o Rei.' Pilatos o interrogou: 'Tu és o rei dos judeus?' Jesus respondeu, declarando: 'Tu o dizes!' Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão: 'Não encontro neste homem nenhum crime.' Eles, porém, insistiam: 'Ele agita o povo, ensinando por toda a Judéia, desde a Galiléia, onde começou, até aqui.' Quando ouviu isto, Pilatos perguntou: 'Este homem é galileu?'
 
Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias. Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo. Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo fazer algum milagre. Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu. Os sumos sacerdotes e os mestres da Leiestavam presentes e o acusavam com insistência. Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa e mandou-o de volta a Pilatos. Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos. Entregou Jesus à vontade deles. Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo, e lhes disse: 'Vós me trouxestes este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Já o interroguei diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que o acusais; Herodes, pois o mandou de volta para nós. Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei. Toda a multidão começou a gritar: 'Fora com ele! Solta-nos Barrabás!' Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade e por homicídio. Pilatos falou outra vez à multidão, pois queria libertar Jesus. Mas eles gritavam: 'Crucifica-o! Crucifica-o!' E Pilatos falou pela terceira vez: 'Que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte.

Portanto, vou castigá-lo e o soltarei.' Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força, pedindo que fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais. Então Pilatos decidiu que fosse feito o que eles pediam. Soltou o homem que eles queriam - aquele que fora preso por revolta e homicídio - e entregou Jesus à vontade deles. Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus. Seguia-o uma grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele. Jesus, porém, voltou-se e disse: 'Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos! Porque dias virão em que se dirá: 'Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, os ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca amamentaram'. Então começarão a pedir às montanhas: 'Caí sobre nós! e às colinas: 'Escondei-nos!' Porque, se fazem assim com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?' Levavam também outros dois malfeitores para serem mortos junto com Jesus. Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem! Quando chegaram ao lugar chamado 'Calvário', ali crucificaram Jesus e os malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda. Jesus dizia: 'Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!' 

Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas de Jesus. Este é o Rei dos Judeus. O povo permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo: 'A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!'  Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, e diziam: 'Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!' Acima dele havia um letreiro: 'Este é o Rei dos Judeus.' Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: 'Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!' Mas o outro o repreendeu, dizendo: 'Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal.' E acrescentou: 'Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado.' Jesus lhe respondeu: 'Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso.' Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. Já era mais ou menos meio-dia e uma escuridão cobriu toda a terra até às três horas da tarde, pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio, e Jesus deu um forte grito: 'Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.' Dizendo isso, expirou. Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa. O oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou a Deus dizendo: 'De fato! Este homem era justo!' E as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o que havia acontecido, e voltaram para casa, batendo no peito. Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a Galiléia, ficaram à distância, olhando essas coisas.  

Reflexão - Diante da Cruz

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Como preparação para a Semana Santa, neste Domingo de Ramos nós temos a oportunidade de rememorar a história da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.   Recordar esses momentos é contemplar a história da nossa salvação. Façamos, portanto, uma leitura atenciosa do longo trecho do Evangelho de hoje e revivamos com Jesus os momentos da Sua Paixão e Morte. Os acontecimentos que antecederam a Paixão de Jesus, a Sua entrega no Getsêmani, quando sofreu a grande agonia e se rendeu à vontade do Pai.   Contemplando a dor de Jesus e de Sua Mãe Maria nós podemos nos colocar diante da Sua Cruz e oferecer a Ele as nossas dificuldades, nossas dores, nossas inquietações. O sofrimento que é colocado na Cruz de Jesus torna-se redentor e nos leva a experimentar a libertação e o consolo. Apesar da nossa falta de entendimento, podemos experimentar, simplesmente, a alegria de sofrer por amor a Ele. A Ele podemos dizer apenas: “Senhor, eu não entendo nada, mesmo assim confio em Vós!” – Qual o sentimento que se apossa do seu coração quando você reflete sobre a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo?  Anote no seu caderno de oração!

Helena Colares Serpa – Comunidade Católica Missionária UM NOVO CAMINHO