Eneva, dona da UTE Pecém II, fatura R$ 2,5 bilhões no 1º trimestre

A empresa registrou lucro de R$ 223 milhões no período, superando também o resultado do 1º trimestre de 2022 em 21%.

Legenda: Vista da Usina Termelétrica Pecém II, da Eneva, no Ceará.
Foto: Divulgação

Dona da Usina Termelétrica Pecém II, movida a carvão mineral, e da Termofortaleza, movida a gás natural, a Eneva publicou hoje seu balanço financeiro relativo ao primeiro trimestre deste ano, registrando uma receita líquida de R$ 2,5 bilhões, superando em 6% o recorde do trimestre anterior (o quarto de 2022).

Se comparado ao mesmo período de 2022, o aumento da receita líquida foi de expressivos 224%. 

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Os bons resultados se devem ao trabalho de diversificação de receitas intensificado no ano passado pela companhia, como forma de depender cada vez menos das condições hidrológicas do país.

A empresa registrou lucro de R$ 223 milhões no período, superando também o resultado do 1º trimestre de 2022 em 21%. 

O Ebitda da Eneva alcançou a maior marca da história da companhia para um trimestre, R$ 1,2 bilhão, o que significa crescimento de 146% frente ao 1º trimestre de 2022 e de 107% se comparado ao trimestre imediatamente anterior. 

Houve ainda redução do SG&A (sigla em inglês para Despesas de vendas, gerais e administrativas) de 48,3% sobre o trimestre imediatamente anterior. Assim, como previsto, foi dado início no processo de desalavancagem da companhia.

As principais contribuições para o Ebitda se devem à entrada do Hub Sergipe (antiga Celse) e da Termofortaleza (CGTF) no portfólio da companhia, cujas aquisições foram concluídas no segundo semestre de 2022 e não figuravam no resultado do 1º trimestre daquele ano (adicionando R$ 347 milhões e R$ 124 milhões ao indicador, respectivamente); e à Comercializadora da Eneva agregando R$ 269 milhões ao Ebitda nos primeiros três meses deste ano, por assinatura de contratos com clientes no mercado livre.

No quesito geração de energia, a empresa continuou exportando eletricidade para a Argentina no primeiro trimestre, diretamente do Complexo Parnaíba, no Maranhão. 

A venda para o país vizinho gerou Ebitda de R$ 39 milhões para a companhia.

Já a Usina Termelétrica (UTE) Jaguatirica II, em Roraima, contribuiu com R$ 69 milhões para o indicador, resultado do aumento de disponibilidade para o Sistema Isolado do Estado. 

Outro importante marco atingido foi o início dos testes de energização do Complexo Solar Futura, em Juazeiro, na Bahia, que entrará em operação comercial em breve.
 
“O balanço deste primeiro trimestre de 2023 é mais uma demonstração de que estamos no caminho certo, entregando o que prometemos para tornar a Eneva uma empresa única em seu setor no país. Tivemos novos resultados recordes, mesmo com as condições hidrológicas brasileiras desfavoráveis à geração termelétrica, justamente pela estratégia adotada de diversificar o nosso negócio. Temos como uma de nossas alavancas de valor a disciplina na alocação de capital e isso foi reiterado pelas escolhas que realizamos”, afirma o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Marcelo Habibe.
 
Nestes primeiros três meses de 2023, a companhia avançou em sua Jornada ESG com a conclusão novas turmas de formação de operadores de mão-de-obra local e o lançamento de projetos sociais. Outro destaque foi a evolução da nota da Eneva de D para A-, pela primeira vez, no ranking do Carbon Disclosure Project (CDP) no que se refere a melhores práticas ESG com fornecedores. Isso coloca a companhia entre as lideranças no engajamento com esse público sobre gestão das emissões do seu escopo 3.