Energia: ONS projeta bom cenário para 2023, inclusive no Nordeste

Na região nordestina, a Energia Natural Afluente (ENA) em 31 deste mês poderá ser de 108% da Média de Longo Termo (MLT).

Legenda: Sobradinho (foto), principal reservatório do Sistema Chesf
Foto: Chesf / Divulgação

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), referente aos dias entre 14 e 20 de janeiro, traz cenários prospectivos de Energia Natural Afluente (ENA) acima de 80% da Média de Longo Termo (MLT), ao final de janeiro de 2023, em todos os submercados do Sistema Interligado Nacional (SIN). 

Em três subsistemas, a ENA estimada é superior a 100% da MLT pela terceira semana consecutiva: o Sudeste/Centro-Oeste, onde se localizam cerca de 70% dos reservatórios do SIN, tem indicação de chegar em 122% da MLT, ante a previsão de 119% divulgada na semana anterior. 

O Norte segue apresentando o índice mais elevado: 156% da MLT (163% da MLT na passada). 

No Nordeste, a ENA em 31 deste mês pode ser de 108% da MLT (107% na anterior). 

A previsão para o Sul é de 84% da MLT, projeção superior aos 72% da MLT anteriormente indicados. 

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Os dados indicam um regime de chuvas compatível com o período úmido, com precipitações acima da média em quase todo o País.
 
As projeções de Energia Armazenada (EAR) para 31 de janeiro nos quatro subsistemas estão, pela terceira semana seguida, acima de 60%. 

O destaque é o Sudeste/Centro-Oeste, cuja estimativa é fechar o mês com 67%. Caso a projeção se confirme, será o percentual de EAR mais elevado na região, para o período, há 11 anos, quando o percentual com 76,1%. 

Os cenários prospectivos para os demais submercados são: 83,1% no Sul (ante 81% indicados na semana passada), 70% (72,9%) para o Nordeste e o Norte com 70,1%, mesma projeção divulgada na última revisão. 

Com relação à demanda da carga, a tendência aponta para redução no Sistema Interligado Nacional (SIN), com 2,2% (70.658 MWmed); no Sudeste/Centro-Oeste, com 3,7% (39.943 MWmed); e para o Sul, 7,5% (12.739 MWmed). 

As estimativas se invertem e apontam alta para os subsistemas Norte e Nordeste, com 13,1% (6.467 MWmed) e 2,3% (11.509 MWmed), respectivamente. Todos os dados apresentados comparam o estimado para o final de janeiro de 2023 ante o mesmo período do ano passado.
 
Para as previsões de carga da próxima semana operativa, foram consideradas premissas como as temperaturas mais amenas em janeiro nas capitais do Sudeste/Centro-Oeste e do Sul, ante a mediana de temperaturas neste momento do verão. Este é um dos fatores que pode justificar a redução da carga nessas regiões.