Energia: Camilo assina hoje Memorando de R$ 26,6 bilhões

Uma empresa cearense, a Cactus Energia Verde, gerará energia solar no Jaguaribe e eólica no mar de Camocim e Hidrogênio Verde no Pecém. E mais: 1) Faec e Sebrae tornam-se parceiros; 2) Na Europa, Covid vira endemia

Legenda: No Vale do Jaguaribe, o complexo da cearense Cactus Energia Verde implantará projeto de geração de energia solar fotovoltaica
Foto: Shutterstock

Exclusivo! Hoje às 13:30, no Palácio da Abolição, será assinado o Memorando de Entendimento do Governo do Ceará com a empresa cearense Cactus Energia Verde para a implantação de um complexo de geração de energia solar fotovoltaica, no Vale do Jaguaribe, e eólica offshore, no mar de Camocim, além de uma planta eletroquímica para a produção de Hidrogênio Verde no futuro Hub do Pecém.

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O engenheiro José Carlos Braga, desenvolvedor do projeto, informa que o início da implantação “ocorrerá em 2023, com produção de H2V/Amônia prevista para 2025”. 

Os investimentos totais previstos, a serem feitos ao longo dos próximos cinco anos, é do tamanho de uma montanha de R$ 26,6 bilhões. 

O grupo empreendedor cearense está aliando-se a grandes empresas internacionais, incluindo futuros produtores de H2V. 

Sobre os projetos da Cactus Energia Verde, esta coluna apurou que eles preveem a obtenção do Hidrogênio e do Oxigênio Verdes por Eletrólise, e de Amônia, por Haber-Bosh, partindo de fontes renováveis de energia limpa. 

A Cactus pretende que a água utilizada para a eletrólise venha de uma outorga de até 300 litros por segundo, purificada para H2O previamente à sua decomposição. 

Os eletrolisadores serão conectados a fontes de energia dos fotovoltaicos Uruquê, na região jaguaribana, e das eólicas offshore de Camocim, os quais terão capacidade de geração de 3.700 MW (3,7 GW), suficientes para fornecer energia firme à produção do H2V.

 A produção diária prevista da planta eletroquímica é de 600 toneladas de Hidrogênio Verde, 300 toneladas de Oxigênio Verde e 1.200 toneladas de Amônia Verde, com início da produção em 2025.
 
José Carlos Braga estima que, a partir do próximo ano de 2023, “já haverá centenas de milhares de megawatts do projeto instalados no Ceará, e que serão completados até a capacidade máxima da planta ao longo dos cinco anos seguintes.” 
 
Ao mesmo tempo, ele adianta, o complexo liderará o desenvolvimento de uma cadeia de valor para respaldar a implantação de novos fabricantes e promover parcerias com outros grupos industriais, comerciais e governamentais.
 
A Planta Eletroquímica será instalada na Zona de Processamento para Exportação (ZPE) no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, ocupando uma área de 150 hectares, com logística de despacho assegurada para quaisquer destinos nacionais ou internacionais, já tendo sido avaliada a disponibilização de área suficiente para, eventualmente, agregar a produção de outros subprodutos como Uréia e Fertilizantes.
 
“O Projeto Cactus Energia Verde prevê o início de sua implantação em 2023, criando, de forma crescente, cerca de 5 mil vagas de emprego qualificados e diretos, além de estimular o empreendedorismo”, acrescenta Braga.
 
“Os investimentos estão orçados em 5 bilhões de euros (R$ 30,5 bilhões, aproximadamente), considerando as plantas fotovoltaicas, eólicas offshore e eletroquímicas, criando uma ambiência amistosa para as empresas, que também promoverão transferência tecnológica no estado da arte para o Ceará e para o nordeste brasileiro”, conclui José Carlos Braga.

FAEC E SEBRAE SERÃO PARCEIROS

Estão prestes a celebrar parceria a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) e o Sebrae.

O presidente da Faec, Amílcar Silveira, reuniu-se na última sexta-feira com diretores do Sebrae Nacional e Estadual para acertar a parceria, que será de cooperação técnica.
 
A reunião aconteceu na sede da Faec.

Silveira disse que um dos objetivos principais de sua gestão é oferecer assistência técnica aos pequenos produtores para que tenham melhores condições de produzir, razão pela qual quer a ajuda do Sebrae-Ceará “para fortalecer a agropecuária cearense e reduzir a pobreza no campo”.
 
Participaram da reunião o diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Eduardo Diogo, o diretor técnico do Sebrae-CE, Alci Porto, e seu diretor financeiro, Airton Gonçalves Júnior, além do superintendente do Senar-CE, Sérgio Oliveira, sua diretora técnica, Kelly Gonçalves, e seu diretor financeiro, Diego Trindade.

TAXISTAS COM MEDO DO TRÁFICO

Em vários bairros de Fortaleza, já dominados pelas facções que comandam o tráfico de drogas, é proibido o acesso de veículos com as janelas de vidro fechadas.
 
E os motoristas de táxi estão a recusar corridas para esses bairros a partir das 18 horas. 

Com medo de represália ou de algo pior, os profissionais do transporte de passageiros só vão até certo ponto da viagem, onde o cliente desembarca e conclui a pé o seu itinerário. Incrível, mas verdadeiro!

NA EUROPA, COVID TORNA-SE UMA ENDEMIA

Opera em alta, nesta manhã, a maioria das bolsas de valores da Europa. Isto tem a ver com a decisão dos governos da Finlândia e da Suiça, que, copiando o que na semana passada já decidira o da Dinamarca, já estão tratando a Covid-19 como uma doença endêmica.

Nos demais países europeus, a tendência é essa, também.
 
Aqui no Brasil, o cenário deveria ser bem melhor do que é hoje: o dólar segue em cotação muito elevada. Há motivos.

Os investidores e as agências de risco preocupam-se com a posição do Congresso Nacional, que, neste ano eleitoral, não vota as reformas administrativa e tributária, essenciais para o ajuste das contas públicas, e, também, com a confusão na política.