Empresário cearense vê economia argentina perto do caos

No país vizinho, onde o populismo governa, faltam dólares para as importações. E uma seca castiga a agropecuária. Para evitar o caos, só novo socorro do FMI.

Legenda: Buenos Aires, capital da Argentina, já foi sede de uma das dez maiores economias do mundo
Foto: Igor Pires / Diário do Nordeste

Empresário da indústria cearense e fonte desta coluna encontra-se na Argentina, onde passa estes dias carnavalescos. E de lá transmite as seguintes informações:

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Primeira: a crise econômica e social por que passa a Argentina só será superada se, e quando, o governo do presidente Alberto Fernandez decidir pedir socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI), do qual já é devedor;

Segunda: O país não tem divisas para sustentar suas importações, e as receitas das exportações estão em queda por causa da grande seca que castiga as áreas de produção agrícola;

Terceira: A indústria argentina enfrenta dificuldades para importar peças de reposição, para o que tem, obrigatoriamente, de pedir licença ao governo; o resultado disso é que há várias grandes fábricas com parte de seus equipamentos paralisado por falta de peças;

Quarta: Na Argentina, o dólar tem quatro cotações – “todas oficiais, o que é algo inacreditável numa economia que foi uma das maiores do mundo e que hoje, por causa do irresponsável populismo, vive à beira do caos;

Quinta: Os argentinos veem, com inveja, o Brasil de hoje. “Mas como sou brasileiro e vivo e trabalho e produzo no Brasil, temo que, pelo que leio e ouço sobre as opiniões de autoridades de Brasília, estejamos a trilhar os caminhos dos nossos ‘hermanos’ argentinos”, completa a fonte.