Eletroeletrônico deve ser corretamente descartado e reciclado
É o que recomenda a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos. Em mensagem a esta coluna, a entidade revela alguns mitos

Nesta segunda-feira, 21, último dia de um prolongado feriado, hoje dedicado à memória de Tiradentes – um dos líderes e mártir da Inconfidência Mineira, movimento pela independência de Minas Gerais do jugo português, no final Século XVIII – emerge a preocupação da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE) quanto à necessidade crucial de reciclagem desses materiais para a preservação ambiental e como incentivo à chamada economia circular.
A própria entidade adverte que muitos mitos ainda envolvem esse processo, gerando dúvidas sobre o que realmente pode ser reciclado e qual a maneira correta de descartar esses produtos. Para esclarecer essas questões, a ABREE destaca os principais mitos e verdades sobre o tema. Seu presidente, Robson Esteves, em mensagem a esta coluna, afirma:
"Desmistificar a reciclagem de eletroeletrônicos e eletrodomésticos é essencial para aumentar a adesão a práticas sustentáveis. Quando as pessoas compreendem a importância desse processo e como ele funciona, passam a descartar seus resíduos de forma mais responsável, ajudando a reduzir impactos ambientais.
A reciclagem de eletroeletrônicos e eletrodomésticos é uma responsabilidade compartilhada entre fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores. Para que nós, consumidores, entendamos melhor esse processo, entendamos os mitos mais comuns sobre o tema, eis, a seguir os principais esclarecimentos:
Todo eletroeletrônico e eletrodoméstico pode ser descartado no lixo comum.
Resposta: mito! Esses equipamentos contêm materiais como metais pesados e substâncias químicas que podem contaminar o solo e a água se descartados incorretamente. O correto é encaminhá-los para pontos de recebimento especializados, de onde serão transportados para a reciclagem de forma ambientalmente adequada.
A reciclagem desses produtos não compensa, pois poucos materiais são reaproveitados.
Resposta: Mito! Muitos componentes podem ser reciclados e reinseridos na cadeia produtiva. Metais, plásticos e vidros presentes em eletroeletrônicos e eletrodomésticos podem ser reutilizados na fabricação de novos produtos, reduzindo a necessidade de extração de matérias-primas virgens.
Aparelhos quebrados ou muito antigos não podem ser reciclados.
Resposta: outro mito! Mesmo que um aparelho não funcione mais ou esteja muito desgastado, ele ainda pode ser reciclado. Empresas especializadas realizam a desmontagem, separação e reaproveitamento de diversos componentes.
Jogar eletroeletrônicos e eletrodomésticos fora em pequenas quantidades não causa impacto ambiental.
Resposta: mais um mito! O descarte inadequado, mesmo que em pequenas quantidades, contribui para o acúmulo de resíduos e pode gerar contaminação ambiental. Esse volume cresce a cada ano, tornando a reciclagem uma necessidade urgente.
Não há locais acessíveis para o descarte correto.
Resposta: mais um mito! Atualmente, há diversos pontos de recebimento espalhados pelo país, graças a parcerias entre empresas, governos e entidades gestoras.
Robson Esteves finaliza, dizendo que “conhecer os mitos e as verdades sobre o processo de reciclagem de eletroeletrônicos e eletrodomésticos é o primeiro passo para adotar práticas mais sustentáveis e contribuir para a preservação do meio ambiente.
A propósito: na agricultura, as grandes fazendas de produção de alimentos e fibras – soja, milho, algodão, frutas, hortaliças – têm cuidados especiais com o descarte de embalagens dos defensivos químicos, que são depositados em áreas determinadas, onde são recolhidas e encaminhadas aos fabricantes, que as reciclam.
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