EDP anuncia investimentos de 6 bilhões de euros no Brasil

Miguel Stilwell, CEO da empresa portuguesa, também anuncia venda da "central de carvão" de sua UTE do Pecém, onde opera seu projeto-piloto de produção de Hidrogênio Verde

Legenda: A EDP instalou e opera, no Pecém, uma usina piloto que produz Hidrogênio Verde, com energias renováveis
Foto: Divulgação / EDP

Atenção! Miguel Stilwell, CEO da EDP – Energias de Portugal – está anunciando hoje, em entrevista ao Jornal de Negócios, de Lisboa, que sua empresa venderá “a central de carvão do Pecém”.  

Nessa usina, que é movida a carvão mineral, a EDP Brasil instalou e mantém em operação a primeira unidade de produção de Hidrogênio Verde (H2V) do país, com a promessa, feita na sua inauguração, de que ela seria ampliada para garantir o fornecimento de toda a energia verde para a movimentação da termelétrica cearense.

Veja também

Na mesma entrevista, porém, Stilwell anuncia que a EDP Brasil, subsidiária da EDP portuguesa, investirá na produção de Hidrogênio Verde no Brasil.

E anunciou mais: os investimentos da empresa no Brasil, até 2028, consumirão 6 bilhões de euros, ou seja, cerca de R$ 40 bilhões.

Isto quer dizer que o projeto-piloto de produção do H2V em Pecém será mesmo ampliado, lá ou em outro sítio..

Além disso, a EDP investirá na produção de energias solar fotovoltaica e eólica, com as quais operará sua unidade de produção do Hidrogênio Verde.

O objetivo da EDP é gerar no Brasil mais 1,5 GW de energias renováveis.

A AGENDA DA SEMANA

Esta semana começa com a divulgação, daqui a pouco, do IBC-BR relativo ao mês de maio passado. Trata-se de um índice da atividade econômica medida pelo Banco Central e que traz uma estimativa do Produto Interno Bruto (PIB).

Para os economistas do Banco Itaú, citado pelo site do Infomoney, o IBC-BR virá com um recuo de 0,4% em maio em relação ao mês anterior de abril.

Também será divulgado hoje o IGP-10, que é o índice Geral de Preços. Os mesmos economistas do Itaú projetam queda de1,07%, ou seja, deflação.

Mas hoje, no Brasil, a atenção dos economistas e dos operadores do mercado voltam-se para Bruxelas, onde o presidente Lula participa da reunião de cúpula União Europeia com os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, a Celac.

Essa cúpula não se reúne desde 2015, e hoje ela tratará da cooperação em vários setores, incluindo meio ambiente, defesa e energia, além do acordo de livre comércio com o Mercosul.

Foi anunciado que o presidente Lula reclamará das novas exigências dos europeus em relação ao tratado com o Mercosul, principalmente em relação às que abordam a questão ambiental.

Na manhã de hoje, na capital d Bélgica, Lula participa de um Fórum Empresarial que junta empresários europeus e latino-americanos. Na parte da tarde, haverá a reunião da Celac.

Será divulgado um comunicado conjunto relativo à cúpula da União Europeia-Celac.