Ontem, quarta-feira, 19, a Bolsa de Valores B3 fechou outra vez em queda. Uma queda leve, de 0,25%, aos 117.552 pontos. O dólar caiu, e caiu bem, fechando o dia cotado a R$ 4,78, com queda de 0,48%.
O que motivou a nova queda da bolsa brasileira foi o noticiário vindo da China, onde os preços do minério de ferro recuaram por causa da má repercussão que teve o pacote de estímulos à economia do país. Resultado: as ações da Vale, que estão entre as mais negociadas, perderam valor pelo terceiro dia consecutivo, fechando com queda de 0,27%.
As perdas da Vale foram inferiores às da Usiminas, que caíram 2,83%, e da CSN, que se desvalorizaram 0,94%.
Por outro lado, o real valorizou-se frente ao dólar motivado pelo aumento dos preços das commodities agrícolas, como a soja e o milho, que são os principais produtos da pauta de exportação do Brasil. Isso faz com que o superávit da balança comercial brasileira se mantenha em crescimento.
Ontem, o mercado financeiro e, também, a área da política forfam surpreendidos com uma matéria da Folha de São Paulo, segundo a qual o presidente do Banco Central, Roberto Campos, estaria impondo restrições aos diretores da instituição. Entre essas restrições estaria a proibição de dar entrevistas aos veículos de comunicação.
O Banco Central divulgou uma nota, em que assegura que os diretores do Banco Central têm todo o direito de expressar suas opiniões, “sem necessidade de qualquer autorização ou autorização prévia”. A nota da autoridade monetária assinala que está em estudo uma maneira de aprimorar a comunicação do banco, mas ela será feita para estimular a maior abertura e exposição do pensamento dos seus diretores.
O Banco Central tem dois novos diretores, ambos indicados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o aval do presidente Lula. Ambos participarão da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que será realizada nos próximos dias 1 e 2de agosto, quando, provavelmente, terá início um ciclo de redução da taxa básica de juros Selic.
Para a quase totalidade dos economistas e operadores do mercado, o Copom reduzirá em 0,25% os juros básicos da economia brasileira.
No próximo dia 3 de agosto, a Petrobras divulgará seu balanço financeiro relativo ao segundo trimestre deste ano. O mercado está prevendo um resultado menor do que o do primeiro trimestre por força da redução da produção e da queda dos preços internacionais do petróleo.
Para os economistas do Banco Credit Suisse, citados pelo site Infomoney, especializado em economia, o lucro bruto da Petrobras, nos meses de abril, maio e junho deste ano, deverá de US$ 12,2 bilhões, ou seja, um recuo de 12% em relação ao lucro do primeiro trimestre. O lucro líquido deverá ficar em US$ 4,5 bilhões, uma queda de 38% em relação ao do primeiro trimestre.