E-commerce no Ceará movimenta R$5,4 bilhões em seis anos

Plataforma do Ministério da Indústria e Comércio revela que 67% das vendas se deram dentro do próprio estado do Ceará

Legenda: Os cearenses descobriram o e-commerce e já compram pela internet dentro do próprio estado do Ceará
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Informa o ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIVC) que as empresas da Ceará venderam R$ 5,4 bilhões pelo e-commerce entre 2016 e 2022, segundo levantamento inédito do Observatório do Comércio Eletrônico, uma plataforma lançada nesta quinta-feira, 11.
 
Os dados constam de uma ferramenta que acaba de ser lançada pelo MDIC, o Dashboard do Comércio Eletrônico Nacional, que reúne informações sobre vendas online realizadas no Brasil com emissão de nota fiscal.

Veja também


 
No caso do Ceará, os dados revelam que 67% das vendas se deram dentro do próprio estado. Destas, os destaques são para aparelhos de celular, televisores e painéis solares.
 
No mesmo período, os cearenses fizeram compras online de outros estados no valor de R$ 11 bilhões -- com predominância de aparelhos de celular, televisores, desktops e livros e similares.
 
O Dashboard é a primeira ferramenta pública a agregar números oficiais do comércio eletrônico no país. Até então, boa parte das informações vinha de bases privadas.
 
“A compilação e publicação das estatísticas está alinhada aos esforços do governo para impulsionar e dar transparência à economia digital”, diz Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC. 

“O dashboard vai subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas para o setor, inclusive para equalizar eventuais concentrações regionais, podendo, ainda, balizar decisões de investimentos das empresas”, acrescenta ele.
 
Os dados do Dashboard referem-se às movimentações realizadas entre 2016 e 2022. Nesse intervalo de sete anos, o valor total bruto movimentado no país foi de R$ 628 bilhões.
 
As vendas online tiveram crescimento exponencial com a pandemia de Covid 19 -- e a plataforma mostra o tamanho deste salto no caso brasileiro: as vendas eletrônicas foram de R$ 36 bilhões em 2016 para R$ 187 bilhões em 2022.
 
No panorama nacional, o líder absoluto de compras pela internet entre 2016 e 2022, em termos de movimentação financeira, foi o celular. No período, a venda de terminais portáteis de telefonia, incluindo smartphones, movimentou R$ 72,1 bilhões, ou 11,5% do total.
 
Na sequência, aparecem televisores, com faturamento de R$ 28 bilhões (4,5%), e notebooks, tablets e similares, com R$ 21 bilhões em vendas. 

Depois vêm geladeiras ou freezers, R$ 17,8 bilhões (2,8%); livros, brochuras e impressos semelhantes, com R$ 16,8 bilhões (2,6%); e máquinas de lavar roupas, com R$ 10,8 bilhões (1,7%).
 
A lista completa abrange milhares de produtos -- de calçados a filtros d’água, de roupas a sapatos, de alimentos a móveis de madeira, além de cosméticos, medicamentos, bijuterias, acessórios gerais, eletroeletrônicos, pneus, automóveis e até barcos.