Dinamite explode rocha e abre caminho para o Ramal do Salgado

Obras do último trecho do Projeto S. Francisco avançam da Paraíba para o Ceará. Elas encurtarão em 150 km a viagem das águas do São Francisco até o Castanhão.

Legenda: Uma carga de dinamite explodiu uma rocha, abrindo caminho para a construção do Ramal do Salgado
Foto: MIDR / Divulgação

Informa o ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR): avançam as obras de construção do Ramal do Salgado – que reduzirá em 150 quilômetros a viagem das águas do Projeto S. Francisco até a barragem do Castanhão, no Ceará. Nesta semana, uma carga de dinamite detonou uma rocha em solo paraibano, abrindo caminho para a passagem das águas.

O informe do MIDR revela o que se segue:

Com ordem de serviço no valor de R$ 434 milhões, assinada pelo Governo Federal em abril de 2024, as obras do Ramal do Salgado seguem a todo o vapor. Nesta semana, houve a detonação de uma rocha para dar continuidade de forma célere às obras da estrutura que abastecerá a Região Metropolitana de Fortaleza (MDR).” Quando concluído, o Ramal do Salgado, com 36 quilômetros de extensão, conectará Cachoeira dos Índios, na Paraíba, a Lavras da Mangabeira, na geografia cearense, onde desaguará no Rio Salgado.

Além de conectar regiões carentes de recursos hídricos, o Ramal do Salgado levará uma série de benefícios aos moradores. A estimativa é de que cerca de 5 milhões de pessoas sejam diretamente beneficiadas com a segurança hídrica proporcionada pela obra.

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, ressalta a importância que o Governo Federal dá aos mais pobres. Segundo o ministro, a maioria das agendas do MIDR é para reduzir as desigualdades sociais.

Já foram investidos nas obras do Projeto São Francisco R$ 12 bilhões.

O Ramal do Salgado dará rapidez e eficiência à transferência de água do S. Francisco para o Ceará. Ele não só beneficiará a RMF, maior centro urbano a ser atendido pelo Projeto S. Francisco de Integração de Bacias, como permitirá o abastecimento de cidades de médio porte, como Lavras da Mangabeira, Aurora, Cedro, Icó e outras sedes municipais do centro-sul cearense.

Hoje, a transferência emergencial das vazões do Rio São Francisco para o açude Castanhão ocorre por meio do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), sendo esta a única via possível. A construção do Ramal do Salgado trará uma mudança significativa no cenário. Com capacidade de adução de até 20 m3/s, o Ramal do Salgado proporcionará maior segurança ao abastecimento da RMF, substituindo os atuais métodos emergenciais.

“Com o Ramal do Salgado, haverá uma redução de quase 200 quilômetros de trecho em leito natural e isso diminuirá as perdas de água. Esta é a grande importância dessa obra, que será o canal oficial para abastecer a RMF”, como disse o diretor de Obras Estratégicas do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Bruno Cravo.

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