Decreto de Camilo põe o Ceará na Economia Azul

Célio Fernando Melo, secretário Executivo de Inovação da Casa Civil, diz que a área marinha do

Legenda: A pesca artesanal da lagosta (foto) é uma atividade que sustenta milhares de famílias no litoral cearense
Foto: Natinho Rodrigues

Na sexta-feira, 10, na Fiec, o governador Camilo Santana assinou decreto, instituindo o Comitê Gestor para o Planejamento Espacial Marinho (PEM).

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De acordo com o secretário Executivo de Inovação da Casa Civil do Governo do Estado, economista Célio Fernando Melo, a iniciativa está em linha com a Unesco, que considera o PEM um “processo público de análise e alocação da distribuição espacial e temporal de atividades humanas em áreas marinhas, para alcançar objetivos ecológicos, econômicos e sociais que geralmente foram especificados através de um processo político”. 

Para Célio Fernando, essa nova fronteira do território marítimo é um marco histórico para o Ceará, “considerando que se trata de uma área que representa quase o dobro do território terrestre”. 

Ele considera que, atuando em parceria com os vários órgãos do Governo Federal que lidam diretamente com o tema, o Estado do Ceará tem condições de dar maior eficiência à sua Economia do Mar. 

“O Sertão cearense poderá não virar mar, mas o mar do Ceará certamente oferecerá muitos recursos para atender o Sertão”, complementa Célio Fernando.

O economista lembra que, no Brasil, entende-se como economia do mar o conjunto de atividades econômicas que apresentam influência direta do mar, incluindo as que, não tendo o oceano como matéria-prima, são realizadas nas suas proximidades. 

Os atuais e os futuros usos do mar, na opinião de Célio Fernando, estão sendo agregados à indústria, mas de um modo sustentável, contribuindo para o surgimento da Economia Azul, que é um novo conceito e uma nova abordagem para as atividades que têm a ver com a valorização dos recursos marinhos.

Responsável direto pelas políticas de inovação no governo do Estado, o economista Célio Fernando considera que o decreto baixado na última sexta-feira pelo governador Camilo Santana “é outro marco que coloca o Ceará numa posição de vanguarda na Economia Azul, pois temos 600 quilômetros de litoral que, explorados sustentavelmente, nos abrem grandes e novas perspectivas do ponto de vista econômico, social e ambiental”.