De olho no H2V, gigante norueguesa quer instalar-se no Ceará

CEO da Granel Química, especializada na armazenagem de granéis líquidos, quer apoiar empresas que virão produzir Hidrogênio Verde no Pecém

Legenda: Executivos da Granel Química, do grupo norueguês Odfjell, reunidos com o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante
Foto: Fiec / Divulgação

Empresa de armazenagem de granéis líquidos do grupo norueguês Odfjell, a Granel Química, com forte atuação no Brasil, está interessada em instalar-se no Ceará para dar apoio aos grandes projetos de produção de Hidrogênio Verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

Foi o que disse ontem o CEO da empresa no Brasil e na América Latina, Ary Serpa Júnior, durante reunião com o presidente da Federação das Indústrias do Ceará, Ricardo Cavalcante, que, por sua vez, expôs o plano do governo do estado – em parceria com a iniciativa privada e a  Universidade Federal do Ceará (UFC) – de implantar o Hub do H2V no Pecém, ao qual já aderiram 24 companhias nacionais e estrangeiras por meio de Memorandos de Entendimento.

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Além de Serpa Júnior, esteve presente à reunião na Fiec o presidente da Granel Química no Brasil, Edson Souki, e sua gerente de Desenvolvimento de Negócios, Marina Gomes. A convite de Ricardo Cavalcante, eles visitaram o Observatório da Indústria, admirando-se com o que viram e ouviram.

Laís Veloso, coordenadora do Observatório, apresentou a plataforma, enfatizando a sua eficiência ao dar respostas imediatas às demandas dos empresários interessados em coletar informações sobre qualquer um dos mais de 5.500 municípios brasileiros e  de cada um dos diferentes setores da economia brasileira. 

Ainda no Observatório da Indústria, a produção do Hidrogênio Verde no Hub do Pecém foi amplamente debatido, tendo o consultor de Energia da Fiec, engenheiro Jurandir Picanço, afirmando que a produção de H2V deverá crescer do atual zero por cento para uma faixa entre 10% e 22% da energia total consumida no mundo até meados deste século, o que significará a drástica redução das emissões de gás carbônico. 

“O Hidrogênio Verde é a alternativa para a descarbonização de todos os setores da economia. Hoje, todo o hidrogênio produzido é, praticamente, ou seja, sem o uso das energias renováveis”, disse Picanço aos visitantes.

O CEO da Granel Química, Ary Serpa Júnior, disse, por sua vez, que, “sem dúvida nenhuma, esse é o futuro”. E acrescentou:

“Temos convicção disso. Então, nós temos todo o interesse em manter contato com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará para desenvolver novos projetos. Nós somos provedores de serviços, então, nosso interesse será armar toda a logística para as empresas que vão se instalar aqui para a produção de Hidrogênio Verde.”