Cristiano Maia, multiempresário cearense, maior criador de camarão do país, retornou de uma longa viagem ao redor do mundo. E ontem contou a um grupo de empresários da agropecuária (ele atua, também, nessa área) algumas curiosidades dessa vilegiatura.
Ele revelou que a viagem reuniu 34 grandes empresários brasileiros, a maioria de São Paulo, os quais, em um avião especial fretado – um Beoing 757-200 – com classe única executiva cumpriram um roteiro interessante. A primeira curiosidade: os voos ao longo da excursão foram realizados somente durante o dia.
Outra curiosidade: a bordo, estiveram, ao longo de toda a viagem, três chefes de cozinha, um médico e dois historiadores da USP, que, durante os voos, falaram sobre o país e as cidades que seriam visitados.
Na tripulação, quatro comandantes que se revezaram entre um voo e outro. O voo mais curto durou quatro horas; o mais longo, oito horas.
Na Austrália, Cristiano Maia – um construtor de estradas (ele é dono da Samaria Construções) – observou que as rodovias do país, a maioria duplicada, não têm meio-fio como no Brasil. O resultado é que as estradas australianas não têm problema de empoçamento causada por água da chuva, que escorre de modo natural para o acostamento.
As estradas da Austrália custam um terço do que custam as brasileiras, mesmo tendo pavimento com base e sub-base de brita e asfalto de larga espessura.
Na Índia, o que chamou sua atenção foi a pobreza do país, que tem hoje mais de 1,4 bilhão de habitantes, tendo ultrapassado a população da China. Ele conheceu a cidade de Bangalore, com 14 milhões de almas e onde viu muitas mulheres lavando roupa com águas poluídas de um rio, em cujo leito centenas de outras banhavam-se na maior alegria.
Na africana Tanzânia, Cristiano Maia e sua mulher Luzia tiveram contato com a fauna silvestre. Fizeram um passeio de balão que sobrevoou parte da selva do país, observando – encantados – leões, zebras, elefantes, onça, búfalos e outros animais.
“Não sentiram medo?”, foi a pergunta da coluna. Ele respondeu:
“Era tão linda a paisagem sob nós que não tivemos tempo de conviver com o medo”.
Cristiano passou também pela chilena Ilha de Pácoa, Ilhas Fiji, Indonésia (incluindo Ilha de Bali) e Espanha
“O senhor faria essa viagem de novo?” – foi outra pergunta. Cristiano respondeu de pronto:
“Para os mesmos locais, não. Mas para outros países e regiões, faríamos com certeza”.