Com Pecnordeste, Faec torna mais forte o agro do Ceará

Maior fera da agropecuária nordestina será realizada de 6 a 8 de junho no Centro de Eventos e será visitada por 60 mil pessoas, que verão o futuro que já chegou.

Legenda: A Pecnordeste deste ano terá o dobro do espaço e dos estandes da feira do ano passado (foto). Ela ganhou dimensão nacional.
Foto: Egídio Serpa

Faltam seis dias para a abertura da 28ª Pecnordeste, a grande feira da agropecuária regional nordestina, que, em apenas dois anos, se agigantou, ganhou repercussão nacional e atraiu a atenção de grandes fabricantes de máquinas e implementos agrícolas, nacionais e estrangeiros, que neste ano ampliarão seus espaços para a exposição de seus produtos. 

A feira será aberta no próximo dia 6, quinta-feira da próxima semana, e prosseguirá até sábado, dia 8.

A Pecnordeste 2024, como aqui já foi dito e repetido, ocupará 100% de todos os espaços dos dois pisos dos pavilhões Leste e Oeste do Centro de Eventos, onde ela se realizará. A organização da feira está estimando em 60 mil o número de visitantes durante os três dias de sua realização.

O governador Elmano de Freitas pronunciará, às 18 horas do dia 6, o discurso de abertura, que será seguida de um show do agropecuarista, compositor, cantor, ator e violeiro sul-mato-grossense Almir Sater.

O organizador da Pecnordeste é o produtor rural Amílcar Silveira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), que hoje lidera, sem contestação, todo o setor primário da economia cearense. Com ele, esta coluna conversou, ontem, sobre vários temas. 

A Pecnordeste, em apenas dois anos, quintuplicou o seu tamanho. A que o senhor atribui essa meteórica expansão? – foi a primeira pergunta. A resposta dele foi dada nos seguintes termos:

“Os que produzem e trabalham na agropecuária do Ceará – que hoje envolve os variados ramos de sua atividade, incluindo, com destaque, a carcinicultura, a avicultura, a floricultura, a fruticultura, a apicultura e a tilapicultura – descobriram que o setor mantinha na confidencialidade o seu imenso potencial, como se ele existisse apenas para o conhecimento do seu público interno, que, por sua vez, por falta de um estímulo, se deixava levar pela inércia. E nada acontecia. 

“Então, posso dizer hoje que foi a decisão do próprio produtor rural – o agricultor, o pecuarista, o avicultor, o criador de camarão, o floricultor, o fruticultor – o responsável por dar à Pecnordeste a dimensão regional e nacional que ela tem hoje. E, contribuindo para esse crescimento extraordinário, tenho de citar a mídia, que passou a dedicar mais espaço e tempo aos temas ligados ao nosso negócio de produzir alimentos”.

Como o produtor rural do Ceará enfrenta e supera os muitos gargalos da burocracia estatal, que reduzem e dificultam o desenvolvimento do agro?

Amílcar Silveira: “Neste ponto, temos tido sorte e, também, boa habilidade para entender que, entre o desejo do produtor – rural ou industrial – há uma fronteira que impõem a política e suas circunstâncias. Na atual gestão do governador Elmano de Freitas, por exemplo, já conquistamos objetivos importantes, mas há outros, também importantes, que ainda não foram alcançados, mas o serão no seu devido tempo, pelo menos esta é a nossa esperança. O que nos incentiva, hoje, é a visível união do produtor rural em torno de suas causas, todas elas voltadas para o bem-estar de quem reside, estuda e trabalha no campo. Essas causas foram apropriadas pela Faec, que agora, juntamente com a Fiec, a liderança da indústria, dialoga de maneira respeitosa com as autoridades governamentais. Nós cremos que tudo virá a seu empo.”
O agro cearense parece ter ganhado prestígio na sociedade e musculatura na política. É isto mesmo?

Amílcar Silveira: “É você quem o diz. O que a Faec faz hoje nada mais é do que respaldar os projetos e as reivindicações do produtor rural, que é o nosso chefe, o nosso patrão, num trabalho que visa tornar real os seus sonhos. São milhares de homens e mulheres que, na zona rural, trabalham todos os dias para colocar na mesa dos cearenses o melhor alimento em quantidade e qualidade. Nossos empresários do agro usam a melhor tecnologia para produzir frutas, hortaliças, flores, camarões, tilápias etc. E está investindo, na Ibiapaba e no Cariri, em projetos de cultura protegida, usando a mesma tecnologia que é utilizada nos países do Primeiro Mundo. Posso dizer que o agro cearense, tecnologicamente falando, está emparelhado com os países europeus. Para isto, os empresários daqui participam das maiores feiras e exposições mundiais.”

Qual é o futuro do agro cearense?

Amílcar Silveira respondeu: “O futuro do agro do Ceará já chegou. E a Pecnordeste o mostrará”.

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