Informa Kleber Pinho, sócio majoritário e CEO da Sou Energy, empresa cearense especializada em equipamentos para projetos de geração de energia solar fotovoltaica: está construindo uma nova fábrica no município de Eusébio, no Km 17 da BR-116, cuja operação começará no próximo mês de janeiro.
Nesse empreendimento, que dará emprego a 270 pessoas, estão sendo investidos R$ 60 milhões, incluindo equipamentos e máquinas.
A fábrica será a primeira do país totalmente automatizada.
Com essa nova unidade industrial, a Sou Energy terá capacidade para produzir o equivalente a 1 GW (gigawatts) por ano. Para efeito de comparação, esta coluna revela que, de 2015 para cá, toda a potência instalada na geração distribuída em usinas fotovoltaicas no Estado do Ceará foi de um quarto da capacidade produtiva da nova fábrica.
“Com a nova fábrica, vamos alcançar 1 GW e, daí em diante, essa será a nossa a cada ano”, explica Kleber Pinho.
Ele informa que 60% dos seus projetos destinam-se a residências.
O ELMO ÉUM SUCESSO
Lembram-se do Elmo, aquele capacete de respiração assistida, criado pelo médico Marcelo Alcantara, superintendente da Escola de Saúde Pública do Ceará, desenvolvido pela equipe técnica do Senai-Ceará e agora industrializado pela Esmaltec, uma empresa do Grupo Edson Queiroz?
Pois bem, segundo o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, já foram comercializados, em todo o país, mais de 12 mil Elmos.
“Uma criação cearense que, em plena pandemia da Covid-19, salvou e segue salvando vidas”, comenta Cavalcante.
CAGECE CAMINHA NO RUMO CERTO
Age corretamente a Cagece ao decidir promover uma audiência pública para receber opiniões, sugestões e críticas ao seu projeto de Parceria Público Privada para a concessão dos serviços de universalização do esgotamento sanitário de 23 sedes municipais das Regiões Metropolitanas de Fortaleza e do Cariri.
Por que? Por um único e definitivo motivo: a empresa não tem orçamento capaz de enfrentar e vencer o desafio de instalar sistemas de esgoto sanitário em 90% das cidades do Ceará.
No que respeita ao esgotamento sanitário, os recursos de que ela dispõe são suficientes apenas para as tarefas de hoje, limitadas à RMF e a algumas poucas cidades do litoral e do interior. Fortaleza e seus bairros ricos e de classe média garantem uma boa receita à Cagece.
Assim, ao fazer o que estão fazendo outras companhias estaduais de saneamento – concedendo à iniciativa privada o direito de, primeiro, assumir os investimentos de instalar e, depois, terem a operação e a gestão das redes de esgotamento sanitário – a Cagece não inventa a roda, mas faz o que indica o bom senso.
No curto – dois anos, ou menos – poderão ser vistos no Crato, Barbalha, Missão Velha e noutras cidades caririenses trabalhos de instalação de redes de esgoto sanitário, um investimento que, invisível pela população, é o melhor que pode ser feito na saúde.
A falta de saneamento multiplica os perigos do surgimento de graves doenças, a dengue entre elas.