Marlos Costa de Andrade, superintendente da Companhia do Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) no Ceará, está surpreendendo os empresários do agronegócio e, principalmente, o comando da Federação da Agricultura e Pecuária (Faec), com cujo presidente Amílcar Silveira vem sustentando entendimentos sobre ações de interesse dos dois lados.
Ontem, em conversa com um grupo de agropecuaristas, entre eleso próprio presidente da Faec, Marlos Costa revelou que a Codevasf, por ser uma empresa de economia mista, dispõe da agilidade legal para implementar, em curto prazo, projetos que, por exemplo, o Dnocs consumiria muito mais tempo para executar.
E mais: a Codevasf, também legalmente, tem a liberdade de celebrar parcerias com organismos ligados à iniciativa privada, como a Faec, o que foi recebido como uma excelente notícia.
Durante a conversa de ontem, de que participaram 15 empresários, o superintendente da Codevasf ouviu sugestões a respeito da construção de algumas obras hídricas federais de interesse do Ceará, cujos projetos executivos de engenharia estão prontos há três, quatro anos.
Se houver uma boa articulação política junto à bancada cearense no Senado e na Câmara dos Deputados, “temos boa chance de acelerar esses empreendimentos”, como disse Jorge Parente, sócio e membro do Conselho de Administração da Alvoar, gigante da área de lacticínios, cujo sócio e CEO é o cearense Bruno Girão.
Entre essas obras foi citado, destacadamente, a construção do Ramal do Salgado, última etapa do Projeto São Francisco de Integração de Bacias, o qual reduzirá em 150 quilômetros o caminho das águas do rio São Francisco desde Cabrobó, em Pernambuco, onde a viagem começa, até o açude Castanhão, no Ceará.
Novos encontros já estão programados. Pode estar nascendo uma nova e importante parceria a favor da agropecuária cearense.