Conscientizam-se os empresários cearenses da importância do desenvolvimento sustentável, aquele que une o interesse econômico ao compromisso de luta pela preservação da natureza – como estabelece a Organização das Nações Unidas (ONU).
No Ceará, essa consciência avança em boa velocidade, de que são exemplo a BCP Engenharia, a Jangadeiro Têxtil e a Interplast, que ontem, segunda-feira, 10, receberam o Selo ESG-Fiec de Sustentabilidade.
De acordo com o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, já são oito as empresas que receberam esse Selo, que é avalizado pelo Bureau Veritas, um dos mais acreditados do mundo. E mais 16 estão em análise pelo Núcleo ESG da Federação das Indústrias do Estado do Ceará.
Deve ser dado à Fiec e ao seu presidente o crédito pelo esforço que a indústria cearense desenvolve para integrar-se à modernidade, que inclui a Governança Corporativa, Social e aAbiental (ESG, na sigla em inglês).
A Fiec fez-se signatária do Pacto Global da ONU, que, na opinião de Ricardo Cavalcante, é a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil participantes, entre empresas e organizações distribuídas em 70 redes locais, que abrangem 160 países. Essa, sim, é a indústria 4.0 que empresas e empresários cearenses se esforçam para estabelecer, algumas já com pleno êxito.
Hoje, não basta apenas produzir. É necessário, é essencial que se produza com sustentabilidade. E o que é isto? É fazê-lo de modo ambientalmente correto em todos os elos das cadeias produtivas – incluindo a logística reversa, aquela em que o fabricante chama para si a responsabilidade de recolher o resíduo poluidor do seu próprio produto.
Exemplo marcante da logística reversa é a que fazem as empresas que produzem defensivos agrícolas: elas têm, no Ceará e nos demais estados brasileiros, pontos de coleta dos vasilhames usados.
Da mesma maneira, as fábricas de máquinas e equipamentos eletrônicos – como computadores, impressoras, televisores e telefones móveis – preocupam-se, igualmente, com a logística reversa e recomendam a quem os utiliza a descartá-los corretamente, o que é feito, pelo menos em Fortaleza, por meio da chamada coleta seletiva.
Pode parecer pouco, mas não é.