Ontem, segunda-feira, a Bolsa de Valores B3 fechou em alta de 0,43%, aos 118.219 pontos. O dólar encerrou o dia valendo R$ 4,80, com leve avanço de 0,25%.
A B3 acompanhou o movimento das bolsas europeias e dos Estados Unidos, que repercutiram negativamente o resultado do PIB da China, relativo ao segundo trimestre deste ano.
O crescimento do Produto Interno Bruto chinês foi pífio: apenas 0,8% no período abril, maio e junho. No primeiro trimestre, esse crescimento havia sido de 2,2%. Em relação ao segundo trimestre do ano passado de 2022, o crescimento foi de 5,5%, bem abaixo dos 7,3% que o mercado esperava.
Essa frustração repercutiu nos mercados mundiais, incluindo o do petróleo. Na Bolsa de Londres, o preço internacional do barril de petróleo, para entrega em setembro, caiu.
Na sexta-feira passada, ele foi negociado a US$ 80 por barril; ontem, esse preço caiu para US$ 78,50. Os mercados entendem que o baixo crescimento da China reduzirá suas importações de petróleo e de minério de ferro, forçando para baixo os seus preços.
Resultado: as ações da Petrobras e da Vale, que exportam para a China, caíram no pregão de ontem.
E ontem foi divulgado mais um Boletim Focus que semanalmente o Banco Central divulga com as previsões de 100 economistas para a inflação, o PIB, os juros e o câmbio.
O boletim trouxe a aposta de que a inflação deste ano fechará em 4,95%, ou seja, bem menor do que os 5,25% previstos pelos mesmos economistas um mês atrás. Para 2024, a projeção é de inflação na casa dos 3,92%.
Isto já levantou a hipótese de que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que se reunirá nos próximos dias 1 e 2 de agosto, começará um ciclo de redução da taxa de juros Selic.
Essa redução, segundo alguns economistas, pode ser 0,50%, embora a aposta da maioria seja por um corte de 0,25%.
A próxima reunião do Copom terá a presença dos dois novos diretores do Banco Central, que foram indicados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Serão dois votos a favor da redução da taxa de juros Selic.
Mas esta coluna lembra o que tem dito o presidente do Banco Central: o arcabouço fiscal é uma boa saída para a política fiscal, mas ainda não foi aprovado pelo Congresso, que só voltará a reunir-se em agosto. E vale lembrar também que o Senado incluiu no texto da proposta muitas exceções que comprometem o êxito da nova matriz fiscal.
Mas este é um problema que a política e os políticos decidirão.