CEO mundial da Fortscue sobrevoa Pecém e reúne-se com Roterdã

Julie Shuttleworth também reuniu-se nesta terça-feira com o governador Camilo Santana, a que transmitiu os planos da empresa australiana de produzir Hidrogênio Verde no Ceará.

Legenda: A CEO mundial da Fortscue, Julie Shuttleworth, reuniu´se na tarde desta terça-feira com o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, com quem tratou sobre o Hub do Hidrogênio Verde do Ceará
Foto: Fiec/Divulgação

Julie Shuttleworth, CEO mundial da australiana Fortscue, uma das maiores empresas mundiais de mineração e a maior do setor de energia da Austrália, onde tem sede, reuniu-se na manhã desta terça-feira com a diretoria da CIPP S/A, que administra o Porto do Pecém e a ZPE do Ceará, e ouviu do seu presidente, Danilo Serpa, uma exposição sobre aquele Complexo Industrial e Portuário e outra, feita pelo secretário do Desenvolvimento Econômico, Maia Júnior, a respeito do projeto do Governo do Ceará de instalar um Hub de Hidrogênio Verde naquela região.

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Acompanhada de uma comitiva de 18 pessoas, todas da alta hierarquia da Fortscue, entre elas o CEO para a América Latina, Augustin Pichot, e o CEO para o Brasil, Luís Viga – Julie Shuttleworth teve, também, um encontro com o diretor internacional do Porto de Roterdã, René van der Plas, que transmitiu informações acerca do que a empresa holandesa, que é sócia da CIPP S/A, pretende fazer e investir para tornar realidade o projeto do Hub do H2V.

Pelo Porto de Roterdã entrará na Europa todo o Hidrogênio verde a ser produzido no mundo, inclusive no Complexo do Pecém.

Antes das reuniões, acompanhada do secretário Maia Júnior, a CEO mundial da Fortscue fez um longo sobrevoo na área continental e offshore do Porto do Pecém, que incluiu, também, a parte industrial do complexo, com destaque para a usina siderúrgica da CSP, as duas fábricas de cimento, a indústria da Aeris Energy, que fabrica e exporta pás eólicas, e todo a área portuária, que terá de ser expandida no curto prazo para atender à demanda dos projetos de geração de energia eólica offshore.

Julie Shuttleworth ficou contente ao saber que, do plano de mais uma expansão do Porto do Pecém, consta a construção de mais um terminal com 40 hectares de área destinada à preparação dos equipamentos – incluindo torres, pás e aerogeradores – que as empresas de energia usarão para a construção dos seus parques de energia eólica offshore. 

Depois do sobrevoo sobre o Complexo do Pecém e das reuniões com a diretoria da CIPP e com a autoridade internacional do Porto de Roterdã, Julie Shittleworth deslocou-se, com seu time de executivos, para Fortaleza, onde, às 14 horas, foi recebida em almoço pelo governador Camilo Santana.

Uma fonte que acompanha a programação da delegação da CEO mundial da Fortscue disse a esta coluna que “a visita de Julie Shuttleworth foi bem pragmática, do ponto de vista do projeto deles”.

E qual será o próximo passo, foi a pergunta desta coluna. A fonte respondeu assim:

“O próximo passo será eles desenvolverem os estudos que estão fazendo, darem prosseguimento aos contatos para a contratação das empresas que desenvolverão projetos ambientais, os projetos de engenharia. Quando ao que cabe ao governo, serão criadas as condições e as facilidades necessárias para que eles concluam todos os estudos e tomem a decisão de iniciar, efetivamente, seu investimento no Ceará”.

Após o almoço com o governador Camilo Santana, realizado no Palácio da Abolição, Julie Shutteleworth reuniu-se com o presidente da Federação das Indústrias do Ceará(Fiec), Ricardo Cavalcante, com quem prosseguiu falando sobre o Hub do Hidrogênio Verde e a participação da entidade empresarial cearense no esforço do governo do Estado de tornar o Ceará um polo mundial de produção da já chamada energia do Século 21.