Produtores de queijo artesanal caprino e bovino do Cariri paraibano e do Vale do Jaguaribe, no Ceará, juntaram pouco dinheiro e muita boa vontade para um objetivo comum: estruturar as respectivas cadeias produtivas dessas regiões. Elas empregam muita mão-de-obra, produzem com pouca qualidade, mas necessitam, e logo, de um reforço tecnológico que imprima ao negócio um padrão de eficiência ainda muito distante dos similares portugueses, franceses e holandeses, por exemplo. No lado paraibano do Cariri e em toda a região jaguaribana, há centenas de queijarias cujos produtos, de cabra e de vaca, são comercializados em mercearias, na beira das estradas, nas feiras livres e até em grandes armazéns. Atendem sem problema à demanda interiorana, mas têm dificuldade de chegar às redes de supermercados, exatamente porque lhes falta a qualidade exigida pelo consumidor mais exigente. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Jaguaribe, liderada por André Siqueira, presidente do Sindicato da Indústria de Alimentos do Ceará (Sindialimentos), está envolvida no projeto de estruturação daquelas cadeias produtivas. Os objetivos são estes: prospectar os tipos de produção, de organização e de comercialização dos produtos; georeferenciar as localidades de produção; elaboração de plano de ação e definição dos roteiros; resgatar os sabores e fazeres tradicionais da produção; adequação da cadeia produtiva de queijos para a obtenção de um Selo Arte; promover intercâmbio de conhecimentos; propor uma marca coletiva por roteiro estruturado (espécie de denominação de origem); implantar elementos de comunicação; desenvolver um aplicativo com realidade aumentada para a promoção das cadeias produtivas; e promover a valorização do potencial regional por meio da gastronomia. Pequeno ou grande, o produtor de queijo (ou de qualquer outra coisa) precisa entender que, neste Século XXI, sem dominar as novas tecnologias de produção e sem alcançar alto padrão de qualidade, seu produto terá nenhuma chance de êxito no mercado consumidor.
REAGAN
Sobre a ideia que chegou ao Congresso Nacional para impor mais tributos ao agronegócio, o empresário Antônio Lúcio Carneiro, sócio e CEO da Resibras, produtora, beneficiadoras e exportadora de castanha de caju, cita o ex-presidente norte-americano, Ronald Reagan: "Se a coisa se move taxe-a; se ela continua a se mover, regule-a; quando, finalmente, ela parar, subsidie-a". Lúcio conclui: "Deixemos mover-se o que dá certo. Isso gera prosperidade econômica e social".
Quinta-feira, 3, terá início a Fortaleza Liquida, mega promoção da Câmara de Diretores Lojistas (CDL), para incrementar as vendas do varejo. O Shopping Parangaba, uma empresa do Grupo Marquise, manda mensagem, informando que todas as suas lojas aderirão à campanha, que oferecerá descontos de até 70%.
Estimam economistas que a relação Dívida-PIB fechará este exercício em 100%. Culpa da pandemia, que exigiu gastos extras que elevaram o rombo do OGU de R$ 120 bilhões para R$ 800 bilhões, podendo chegar, até o fim do ano, a R$ 1 trilhão. E o STF manda que tribunais comprem 20 dos 60 dias de férias dos juízes. Não fecha!