Câmaras Setoriais da Agropecuária trocam Adece pela Faec

Mal estar com a atual direção da Agência de Desenvolvimento do Ceará causou a decisão. Leia mais: Septuagenários descobrem as virtudes da hidroterapia e hidroginástica

Legenda: Na atual gestão da Adece, as Câmaras Setoriais não se reuniram, e isto pesou na decisão
Foto: Diário do Nordeste

Aconteceu o que se previa: as Câmaras Setoriais ligadas ao setor da agropecuária cearense decidiram desligar-se da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), seu “habitat” natural, e, simultaneamente, ligar-se à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), que as acolheu. 

O que aconteceu, desde o início da gestão do atual presidente da Adece, Francisco Rabelo, foi uma espécie de “apartheid”, como disseram a esta coluna três empresários do agronegócio. 

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Na Adece estavam agregadas, entre outras, as Câmaras Setoriais da Fruticultura, da Pecuária Leiteira, da Pecuária Equina, da Carcinicultura, da Floricultura, da Logística, do Algodão e da Avicultura, que, de agora em diante, passarão a reunir-se na sede da Faec, na Avenida Eduardo Girão, 317, no bairro do Jardim América. 

“Estamos, como sempre estivemos, de braços abertos para receber todas as Câmaras Setoriais da Agropecuária. Nossas instalações e toda a nossa estrutura institucional estão à disposição dos setores da produção da agricultura e da pecuária do Ceará”, como disse o presidente da Faec, Amílcar Silveira.

Esta coluna junto a fontes do empresariado que a Adece "jogou para a sexta seção" as Câmaras Setoriais, que, uma vez por mês, deveriam reunir-se para debater problemas e encaminhar soluções, unindo os interesses do setor produtivo aos do governo. 

“Na atual gestão da Adece, infelizmente, não conseguimos nos reunir”, disse o presidente de uma Câmara Setorial, demonstrando claro sinal de decepção e revolta. 

“Acho que o governo do Estado não dá importância ao agronegócio empresarial, apesar de ter uma Secretaria Executiva para cuidar do assunto e de manter a Adece, que está, nos últimos tempos, de costas para o nosso setor”, acrescentou outro empresário, este da área da pecuária leiteira”. 

A assumirem a decisão de deixar a Adece e de abrigar-se sob o pálio da Faec, os agropecuaristas cearenses e suas Câmaras Setoriais também assumem os riscos de comprar briga com o governo do Estado, que tem a Secretaria de Desenvolvimento Agrário (DAS) dispondo de um Orçamento de mais de R$ 1 bilhão para cumprir suas finalidades, entre as quais se incluem as de incrementar a agricultura familiar e de incentivar os movimentos sociais contrário à agropecuária empresarial. Eis aí o imbróglio político-ideológico. 

Do lado de cá do balcão, está a Federação da Agricultura e Pecuária, para cujo comando foi eleito, no fim do ano passado, um agropecuarista com clara posição ideológica a favor da livre iniciativa, da propriedade privada, da agricultura empresarial, do livre mercado e do investimento em tecnologia e, ainda, declaradamente, contra invasões de terras.

O Governo do Estado e a agropecuária do Ceará podem, perfeitamente, sem problemas, existir sem as Câmaras Setoriais, as quais, contudo, em passado muito recente, conviveram no modo pacífico e produtivo. 

Não foi explicado, até agora, por que motivo se mudou o modo de operação e de relação entre aquelas partes. A mudança fez mal ao governo e à agropecuária.

MUDANÇA DE HÁBITO

Pessoas septuagenárias, que buscavam nas academias de ginástica o elixir da longevidade, descobriram – por orientação de seus médicos ortopedistas, traumatologistas e geriatras – que há algo melhor para o seu presente e, principalmente, para o seu futuro próximo: a hidroterapia e a hidroginástica.

Esta coluna surpreendeu-se ao constatar, na clínica Aquafísio, na rua Coronel Alves Teixeira, que 100% dos seus clientes são idosos (ou pessoas da melhor idade) com idade acima dos 70 anos. 

A fisioterapeuta Wânia Paula, que dirige a clínica, explica que, dentro da piscina, todos os exercícios recomendados pelos médicos dos seus pacientes “são feitos sem impacto, e este é um diferencial positivo que favorece os idosos”. 

Uma das alunas da Dra. Wânia é uma senhora de 97 anos, que chega à Aquafísio diariamente, sozinha, sempre às 8 horas, levada por uma “Táxi Amiga”, e faz lá, durante uma hora, todos os exercícios recomendados. Ela é chamada de “Rainha da Clínica”. 

“Daqui para a frente, as pessoas viverão de 100 anos para cima, e um pouco dessa longevidade é graças à hidroterapia”, diz, sorrindo a fisioterapeuta Wânia Paula