Cade apura preço alto da gasolina em Pernambuco. E no Ceará?

Na capital cearense, a gasolina, que era vendida por R$ 4,87 até dias antes do reveillon, saltou para R$ 5,79 sem que a Petrobras tenha alterado os preços para as refinarias, que seguem os mesmos

Legenda: Não houve e nem há razão para preço tão alto da gasolina nos postos de Fortaleza. O Cade deveria investigar
Foto: Fabiane de Paula / Diário do Nordeste

Atenção! O Conselho Administrativo de Defesa da Economia (Cade) determinou a apuração das causas do repentino aumento dos preços dos combustíveis, nas vésperas do réveillon de 2023. 

Um time de investigadores do Cade está em campo em Minas Gerais, no Espírito Santo, em Pernambuco e no Distrito Federal. 

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Essa investigação deveria alcançar, também, o Ceará, onde os donos de postos de gasolina, agindo como um cartel, aumentou, de modo absurdo, o preço dos combustíveis. 

Em Fortaleza, por exemplo, o preço da a gasolina, que era vendida até o dia 20 de dezembro a R$ 4,87 por litro, passou, alguns dias antes do réveillon, para R$ 5,79, preço que está perdurando até agora.

Se a Petrobras não promoveu qualquer aumento de preços dos combustíveis para as refinarias, por que motivo os postos cearenses impuseram ao consumidor –provavelmente após a troca de telefonemas ou após um jantar – os novos preços.

No regime de livre mercado, de livre iniciativa, há preços administrados, e o dos combustíveis é um deles. No preço final da gasolina e do óleo diesel, por exemplo, está embutido o lucro de um dos elos da cadeia produtiva, incluindo o posto da esquina. 

Mas o que, em Fortaleza, aconteceu foi algo inexplicável. Se dava lucro vender a gasolina a R$ 4,87 por litro, imagina que lucro estão obtendo hoje os donos dos postos vendendo o mesmo produto por R$ 5,79.

O mais inacreditável é por quê há alguns postos que exibem placas dizendo o seguinte: “Promoção! Gasolina Comum: R$ 5,56”. 

Os cearenses pedem uma investigação do Cade, que, por sua vez, deve, apurados os fatos, punir quem feriu o regulamento.