BNB triplica financiamento para recuperação de áreas degradadas
O banco propôs e o Conselho Deliberativo da Sudene aprovará amanhã, 11, a ampliação dos recursos do FNE para projetos de conservação e proteção do meio ambiente
Uma boa notícia! A região Nordeste está prestes a dar um passo importante para fortalecer setores econômicos estratégicos para o desenvolvimento sustentável, o combate à fome e à desertificação, especialmente no bioma Caatinga.
O Banco do Nordeste (BNB) está propondo uma ampliação significativa dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) destinados a projetos de conservação e proteção do meio ambiente, recuperação de áreas degradadas ou alteradas, recuperação de vegetação nativa e desenvolvimento de atividades sustentáveis.
Assim, os recursos destinados a essas atividades devem saltar de R$ 32,8 milhões em 2024 para R$ 100 milhões em 2025 – um aumento de mais de 200%.
A proposta será apresentada na reunião de amanhã, quarta-feira, 11, do Conselho Deliberativo da Sudene, organismo que definirá a destinação dos mais de R$ 47 bilhões do orçamento do FNE que serão administrados pelo BNB no próximo ano. O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional e a área técnica Sucene já emitiram parecer favorável ao aumento sugerido pelo BNB.
A ação do BNB responde a uma provocação feita pelo Instituto Escolhas em outubro deste ano, em reunião realizada na sede do banco, em Fortaleza.
“O BNB é uma instituição fundamental para o desenvolvimento da região Nordeste e, por este motivo, o Escolhas quis entender a discrepância entre os recursos destinados pelo banco para setores que usam os recursos naturais de forma intensiva e aqueles direcionados aos setores que podem consolidar uma economia de baixo carbono”, disse Sergio Leitão, diretor executivo do Instituto Escolhas.
“Estamos confiantes de que o aumento desses recursos marcará o início de uma época mais generosa do BNB e do FNE no que diz respeito à destinação de recursos para o fortalecimento de políticas voltados para a restauração da Caatinga”, afirma Leitão.
A restauração produtiva da vegetação nativa da Caatinga e de toda a área desmatada na região Nordeste, para onde devem ir os recursos propostos pelo BNB, será o melhor caminho para reverter esse cenário, pois tem potencial para produzir alimentos e gerar renda, contribuir para a proteção e a recuperação de fontes hídricas, além de capturar carbono da atmosfera e amenizar as já altas temperaturas da região.
“A aprovação da proposta do BNB pelo Conselho da SUDENE vai mostrar à população brasileira que o país está, de fato, se mobilizando para abrir novas frentes de desenvolvimento econômico alinhadas com a sustentabilidade e com a mitigação dos efeitos da crise climática”, diz o diretor do Escolhas.
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