Aos 61 anos, Santana Textiles está no Brasil e Argentina

Empresa cearense de fiação e tecelagem, com sede em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza, investe agora, também, na produção de algodão na Chapada do Apodi

Legenda: A Santana Textiles tem fábricas no Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e na Argentina. Elas produzem o tecido índigo do jeans
Foto: Divulgação

No próximo mês de fevereiro, a cearense Santana Textiles, gigante nacional do setor industrial de fiação e tecelagem com fábricas em Horizonte (CE), Natal (RN), Bezerros (PE) e Resistência, capital da Província do Chaco, na Argentina, celebrará 61 anos de atividade. O que deverá ser ressaltado nessa celebração? – quis saber a coluna. O sócio majoritário e CEO da empresa, Raimundo Delfino Filho, respondeu: 

“O nosso crescente compromisso com a sustentabilidade, e posso citar iniciativas ambientais, como a economia de água, a estação de tratamento de efluentes, o uso de biomassa e a geração de energia solar”.  

Delfino exibiu no réveillon de 2024 um sorriso de contentamento pelos “muito bons resultados” de sua empresa no ano passado, “principalmente na Argentina, onde, apesar de toda a crise da economia por que passou e passa o país, fechamos o exercício com êxito”. 

A Santana Textiles também apurou bom resultado no Ceará, em Pernambuco e no Rio Grande do Norte, “e isto foi produto do trabalho de uma equipe que, na produção e na comercialização, conhece de cor e salteado os mínimos segredos do mercado”, como ele faz questão de dizer.

O carro chefe da produção da Santana Textiles é seu tecido índigo – ou denim, na linguagem técnica da moda jovem – cuja matéria prima é o algodão. É do índigo que se faz o jeans. Esse tecido é o queridinho das indústrias de confecções brasileiras e argentinas. No gigantesco polo de confecções de Pernambuco, integrado pelos municípios de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, o índigo é o tecido mais utilizado pelas costureiras da região. 

“Uma parte do que produzimos na nossa fábrica de Horizonte vai para esse polo pernambucano de confecções, cujos empreendedores têm algo em comum, além do extraordinário talento para criar moda -- eles costumam pagar em dia”, revela Delfino Filho.

Mas a atividade empresarial de Delfino Neto ganhou novo foco, mas ligado diretamente ao interesse de sua empresa: a produção de algodão. Em uma área de 2.500 hectares, ele está, há três anos, plantando e colhendo algodão na chapada do Apodi, na geografia dos municípios de Limoeiro do Norte e Tabuleiro do Norte. Usando tecnologia e assistência técnica da Embrapa, a Santana tem obtido produtividade semelhante à do Oeste da Bahia. Há também em desenvolvimento um projeto-piloto de soja, também na chapada do Apodi, cuja produtividade também é semelhante à de Mato Grosso. 

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