Aneel, uma agência reguladora contra o Nordeste e os nordestinos

Deputado federal cearense Danilo Forte entrou com PDL para suspender duas resoluções da agência que prejudicam a região nordestina, exportadora de energia para os ricos Sul e Sudeste

Legenda: Resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica prejudicam a região Nordeste, diz o deputado Danilo Forte
Foto: Agência Brasil

Atenção! O deputado Danilo Forte (União-CE) apresentou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para suspender duas resoluções normativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) referentes às tarifas de energia. As resoluções questionadas tratam da metodologia de cálculo das Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão (TUST) e da periodicidade de sua alteração. 

A Aneel quer alterar a periodicidade da TUST para anual.

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Na visão do parlamentar, as decisões da agência, publicadas em junho e em setembro, aumentam os custos de transmissão para usinas distantes dos grandes centros de consumo. 

“Na prática, essas medidas levarão a uma transferência de renda de geradores das regiões Norte e Nordeste para as regiões Sul e Sudeste, bem como alterarão a lógica de expansão do setor elétrico e aumentarão as tarifas de energia elétrica dos consumidores”, argumenta Danilo Forte..

A Aneel, uma agênia reguladora que deve defender o interesse do consumidor, mais parece um organismo de defesa das grandes empresas distribuidoras.

O Nordeste, autossuficiente na geração, exporta energia para o Sul e Sudeste. Deveria a região receber incentivo e estímulsodo governo, mais precisamente da Aneel, que, ao contrária, apena os geradores e distribuidores nordestinos com sanções absurdas.

PESQUISAS ELEITORAIS INFLUENCIAM OPERAÇÕES DA BOLSA B3

Ontem, foi mais um dia positivo para a Bolsa brasileira B3, que fechou novamente em alta leve de 0,77%, aos 117.171 pontos. 

O dólar caiu 1,08%, fechando cotado a R$ 5,22.

Outra vez, a B3 operou de costas para as bolsas dos Estados Unidos, que fecharam em baixa por um duplo motivo: primeiro, a piora da inflação na Europa. A inflação ao produtor, na Alemanha, subiu, em setembro, inacreditáveis 2,3%, o que elevou o índice inflacionário, anualizado, para incríveis 45,8%. 

O segundo motivo foi a renúncia da primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, que, em linguagem de arquibancada, pediu para sair por incompetência. O Partido Conservador está, agora, no processo de escolha de um novo líder, cujo nome será anunciado até o próximo dia 28.

E nos EUA, os pedidos do seguro-desemprego vieram bem mais baixo do que o mercado esperava. Isto quer dizer que a economia norte-americana continua aquecida, o que se prova com o balanço das grandes empresas, que estão trazendo resultados positivos, ou seja, com bons lucros.

Aqui no Brasil, a Bolsa de Valores operou ontem impulsionada pelas novas pesquisas eleitorais, que mostram um empate técnico entre os dois candidatos àPresidência da República. 

Por causa disso, as ações do Banco do Brasil subiram 4,68%, enquanto as da Petrobras tiveram ganho de 2,96%. 

No caso da Petrobras, não é apenas a pesquisa eleitoral que influencia o ganho de suas ações, mas também por causa do mercado internacional, onde os papeis das grandes petroleiras também estão registrando boa valorização.

Hoje, o preço internacional do petróleo mantém-se inalterado, negociado, para entrega em dezembro, a US$ 92,34 por barril.

As bolsas europeias abriram hoje em queda: efeito Liz Truss, a breve.

Ontem, foi publicado o balanço da rede atacadista Assaí, que teve lucro líquido de R$ 281 milhões no terceiro trimestre deste ano, ou seja, julho-agosto-setembro. Foi um lucro 47% menor do que o obtido no mesmo período do ano passado. Segundo a diretoria da Assaí, esse resultado foi produto dos juros elevados e, também, pelos investimentos que foram feitos para a conversão de vários supermercados da rede, inclusive aqui no Ceará.