Festa na agropecuária do Ceará, que foi o destaque do relatório do Ipece sobre o PIB do estado em 2022, ontem divulgado. O Produto Interno Bruto do Ceará teve incremento de 0,96% no ano passado, abaixo do crescimento do PIB brasileiro, que chegou aos 2,9%.
Segundo o comunicado do Ipece, “dentre os três setores que compõem o PIB (Indústria, Serviços e Agropecuária), o melhor resultado no Ceará ficou com a Agropecuária, com crescimento de 7,70% em 2022.”
Eis alguns destaques da performance do agro durante o ano passado, extraídos do comunicado do Ipece:
“A agropecuária cearense encerrou o ano de 2022 com forte crescimento do seu Valor Adicionado Bruto (VAB). Na comparação com 2021, a alta foi de 7,70% em termos reais.
“Ao longo do ano de 2022, o setor registrou desempenho positivo em todos os trimestres quando comparado a iguais períodos do ano anterior. Mas, no quarto período, a queda foi de 9,51%” (é um período em que a safra de todos os produtos já se encerrou, e esta é a razão desse recuo).
“O desempenho do setor agropecuário é explicado pela boa performance da agricultura, especialmente pelo crescimento da lavoura temporária, puxado principalmente pelo crescimento da produção de mandioca e milho, e também da produção de abacaxi.
“Na lavoura permanente, o destaque ficou por conta da produção de banana e castanha de caju e, também, da produção de coco da Bahia.
“No grupo das frutas, destaca-se o crescimento da produção de manga, goiaba, abacate, limão, tangerina e uva.
“Na pecuária, o destaque ficou por conta, novamente, do bom desempenho da produção de galináceos, da recuperação da produção de bovinos e, também, do crescimento da produção de leite e ovos”.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, os resultados do setor em 2022 “são um excelente indicativo do que poderemos alcançar, no curto prazo, com a disseminação das novas tecnologias pelo universo dos pequenos produtores rurais”.
Segundo o presidente da Faec, a agropecuária empresarial cearense já utiliza o melhor da tecnologia, “mas ela precisa, também, de ser expandida para os pequenos estabelecimentos rurais, onde está a grande massa dos que produzem no campo, e este é o desafio que nos impusemos na Faec e para o qual estamos mobilizando todos os nossos 62 sindicatos associados”.