Agro, Comércio, Transporte e Serviço alertam sobre Reforma Tributária

Em nota publicada hoje, as respectivas confederações alertam: uma alíquota única para bens e serviços acarretará aumento de 22% no preço dos alimentos da cesta básica

Escrito por
Egídio Serpa egidio.serpa@svm.com.br
(Atualizado às 09:37)
Legenda: O preço dos produtos da cesta básica poderá subir 22% se a Reforma Tributária impuser alíquota única para o consumo
Foto: Fabiane de Paula
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Uniram-se as federações da Agricultura (CNA), do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), de Saúde, das Cooperativas (CNCOOP) e do Transporte (CNT) para alertar senadores e deputados federais sobre as consequências danosas que causará a esses setores a proposta de Reforma Tributária em discussão no Congresso Nacional.

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Essas entidades – que representam quase 60% da economia nacional e dão emprego direto a 41,7 milhões de pessoas – estão publicando nesta terça-feira, 18, uma nota intitulada “O Brasil não pode errar na Reforma Tributária”, na qual afirmam que “não faz sentido reduzir a carga sobre bens nacionais e importados para aumentar sobre alimentos e serviços”.

A nota afirma: “Se prevalecer a ideia de alíquota única para bens e serviços, haverá um pesado aumento de impostos sobre setores estratégicos no Brasil. A reforma acarretará elevação geral nos preços dos alimentos (mais 22% sobre a cesta básica), dos transportes, da habitação, da mensalidade escolar, da saúde (mais 38% sobre medicamentos e 22% sobre planos de saúde), do advogado, do turismo, da ginástica, do lazer, da segurança e de diversos outros serviços”.

Mais adiante, a nova acrescenta:

“Considerando que a população nacional está concentrada nas classes C, D e E, se a carga tributária sobre o consumo subir para 25% ou mais, os brasileiros teriam menos acesso aos serviços e alimentos. Haveria um forte aumento da informalidade. A Reforma Tributária destruiria parte importante do setor produtivo existente”.

Finalizando, assevera a nota: 

“Os setores signatários deste manifesto têm plena convicção de que o Brasil não pode errar na Reforma Tributária e, por isso, defendem que as propostas não podem onerar e prejudicar os diferentes setores econômicos e a população brasileira. É possível e necessário buscar consensos para avanços verdadeiros”.