Agricultura brasileira cresce com tecnologia cearense

Produtos da Fertsan já são utilizados por grandes empresas e cooperativas agrícolas das várias regiões do país. Eles aumentam em até 30% o desenvolvimento e a produção das plantas

Legenda: Os produtos da cearense Fertsan estimulam o crescimento das plantas e sua produtividade em 30%. Entre as plantas, está a do algodão
Foto: Nilton Alves

Empresa genuinamente cearense dedicada ao desenvolvimento de tecnologias voltadas para a agricultura e com grandes clientes nas principais regiões produtoras do país, incluindo o Sul e o Centro Oeste, a Fertsan e seus produtos estão promovendo boas mudanças no campo porque ampliam em até 30% a produção das plantas. 

Luís Eugênio Pontes, sócio e CEO da Fertsan, disse à coluna que sua empresa, com base em pesquisas científicas e matérias primas naturais, criou biomoduladores fisiológicos capazes de estimular o desenvolvimento estrutural e as defesas das plantas, aumentando, em consequência, o potencial produtivo das lavouras, sem gerar riscos para o meio ambiente ou para o homem.

Investindo na inovação em insumos voltados para o manejo mais sustentável na agricultura, a empresa – da qual são sócios dois grandes industriais do Ceará – iniciou, em 1990, os estudos que deram origem ao que já se denomina Tecnologia Fertsan, todos desenvolvidos por um time de cientistas especializados na área agrícola. 

Os resultados desses estudos ganharam destaque no campo e nos diversos ensaios conduzidos por instituições conceituadas, como informa Eugênio Pontes.

Hoje, a Fertsan tem moderno laboratório próprio e, ainda, uma unidade industrial localizada na Região Metropolitana de Fortaleza, devendo construir neste ano uma nova e mais moderna fábrica na cidade de Eusébio, na RMF. 

Os produtos da Fertsan – acrescenta Pontes – “já fazem parte do planejamento de grandes fazendas, cooperativas e empresas agrícolas do país e podem ser adquiridos em todos os estados”. De acordo ele, a base da Tecnologia Fertsan são biopolímeros e polissacarídeos de origem marinha. 

“As fórmulas dos produtos são associadas a um blend (mistura) de nanocompostos estabilizados, peptídeos e oligoelementos de fácil aplicação, sem nenhuma toxidez, com alta afinidade e biocompatibilidade”, explica ele, acrescentando:

“Nossos produtos são formados por compostos em nanopartículas, que facilitam a absorção e a translocação nas plantas. Além disso, os compostos são agrupados em nanocápsulas, que contribuem para uma liberação controlada dos ativos, evitando desperdício e melhorando o aproveitamento em cada aplicação”.

Para cada cultura – algodão, feijão, milho, cana de açúcar e trigo, por exemplo – a Fertsan tem um produto adequado ao melhor e mais rápido desenvolvimento da planta e ao aumento de sua produção e produtividade, assegura o CEO da empresa.

A Fertsan, além da própria equipe de cientistas pesquisadores, tem consultoria do agrônomo Luiz Gustavo Floss, considerado o maior fito-fisiologista do país, que há seis anos teve o primeiro contato com a tecnologia da empresa cearense, que o impressionou por vários motivos, entre os quais o aumento da produtividade das plantas e a redução de doenças, levando-o a promover experimentos no campo em diferentes regiões, todos com excelentes resultados. 

Floss ressalta que a tecnologia cearense desenvolvida pelos cientistas da Fertsan tem também outro efeito muito positivo, pois, reduzindo as doenças e pragas que atacam as lavouras e, ao mesmo tempo, elevando sua produtividade, ela também diminui o uso de inseticidas, o que é bom para a agricultura e para o meio ambiente.

Na semana passada, a Fertsan e a Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec) celebraram uma parceria, por meio da qual a empresa prestará assistência técnico-científica aos produtores cearenses de algodão. Amílcar Silveira, presidente da Faec, disse à coluna que o objetivo dessa parceria é melhorar a qualidade, a produção e a produtividade da cotonicultura estadual, uma atividade que, nos últimos três anos, foi muito incrementada por investimentos privados. 

A Faec quer acelerar esse crescimento na Chapada do Apodi, no Sertão Central e na região do Cariri, áreas onde se desenvolve a agricultura empresarial.

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