Esporte como inclusão para desenvolvimento de atletas com Transtorno Espectro Austista

Confira a coluna desta quarta-feira (26)

Escrito por
Denise Santiago producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 14:15)
Legenda: Esporte como inclusão para desenvolvimento de atletas com Transtorno Espectro Austista
Foto: Elas no Esporte

Descobrir os sinais de autismo talvez tenha sido um dos papéis mais difíceis para os pais na atualidade. Mesmo entendo que o transtorno espectro do autismo não é uma doença e sim uma condição neurológica que pode afetar alguns comportamentos, a sociedade ainda coloca barreiras e pessoas diagnosticadas com o transtorno, precisam provar ainda mais que são capazes de integrar a sociedade um cenário que mostra uma realidade que precisa ser transformada, quando se trata de inclusão, pois ainda temos um longo caminho a percorrer para incorporar  pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na sociedade.

Algumas alternativas são criadas e é dessa forma que podemos inserir o esporte, Lucas Martins Pinto de 22 anos, é um exemplo. O atleta  encontrou na corrida de rua uma forma de inclusão depois de tantos espaços que ele tentava ser incluído, mas o preconceito tomava de conta. 

Através da prática esportiva, ele descobriu que pode chegar além, mesmo diagnosticado pelos médicos com TEA, o atleta mostrou que é possível conquistar medalhas e superar os próprios limites. E toda essa realização do Lucas só foi possível por meio da iniciativa de Daniela Botelho, presidente da Associação Fortaleza Azul (FAZ), um espaço formado por autistas e seus familiares e tem a assistência social como objetivo de beneficência, defesa e proteção de pessoas com autismo.

Daniela decidiu começar esse trabalho depois que a filha foi diagnosticada com o transtorno.

"Descobri que minha filha tinha autismo quando ela tinha 2 aninhos, na época não tinha nenhuma associação em Fortaleza, não conhecia outras mães, quando comecei o tratamento dela com terapia fui conhecendo outras mães e criei um vínculo e construímos uma "família" e por consequência a associação", conclui Daniela Botelho.

E o esporte não poderia ficar de fora desse processo de construção, quando menos Daniela esperava a associação tomou grandes proporções, um equipamento de acolhimento e inclusão, adotou o esporte como um agente transformador também na vida de quem foi diagnosticado com TEA.

"As pessoas às vezes têm preconceito, achando que o autista não pode particar esportes, e a gente mostra que eles são capazes", ressalta Daniela Botelho.

ESPORTE E AUTISMO

O esporte além do bem-estar proporcionado é um importante aliado para o  desenvolvimento de crianças, jovens e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), de acordo com estudos de especialistas, a prática esportiva promove uma melhora na coordenação motora, facilita a interação social e ainda desenvolve a concentração, ajudando a contribuir na redução de comportamentos repetitivos.

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