Ser mulher, mãe e atleta. Há quem diga que conciliar essas três funções seria uma missão difícil e ter êxito em todas elas? Responderia que não é uma tarefa fácil.
Comecei o texto dessa forma, porque este é o cenário da maioria das atletas que tentam seguir um sonho por mais que às vezes o caminho não seja trilhado da melhor maneira, em alguns casos a história até começa linda, bem no contexto de início de realização de um sonho, principalmente quando você sai de uma cidade do interior, Tauá e conquista o Mundo, através de um esporte denominado masculino: o MMA.
Aqui no Ceará temos muitos nomes, um deles chamou atenção, por ser comparada com uma cobra, aliás a atleta tratou a brincadeira como uma marca. E essa cobra não precisou rastejar para dar o bote nas adversárias, aliás, a cada trocação, a habilidade de chegar a levantar um cinturão, garantir um espaço no Ultimate Fighting Championship, uma cearense do interior, na maior e mais popular organização de MMA do mundo.
Uma pausa para maternidade
Chega uma fase da vida que toda mulher (ou pelo menos boa parte) sonha em ser mãe, com esta atleta não foi diferente, a gravidez chegou e todo aquele sonho de conciliar o esporte com maternidade foi ficando cada vez mais difícil.
Ela se tornou “mãe solo”, foi abandonada pelo companheiro, já que ela não decidiu abortar (era uma condição do pai da criança para continuar com ela), a atleta mostrou força contra um adversário que ela jamais imaginaria lutar contra.
Educou o filho com apoio da mãe, se afastou do octógono e teve que se virar com os "famosos bicos" para cuidar do filho.
Retornar aos treinamentos, voltar a ter a boa condição física, voltar ao peso ideal (algo que não é tão fácil para nós mulheres), um processo difícil e de longo prazo, a resiliência como aliada.
O retorno
Quando se pensa que foi nocauteada, ressurge depois de 4 anos e com título. O retorno foi no SFT Combat 43, em São Paulo, a adversária dessa vez foi a manaura Rayala Nascimento, o duelo foi na categoria peso-mosca, em card 100% feminino, em homenagem ao Outubro Rosa.
Este recomeço para a continuidade da história campeã de Viviane Sucuri.