O novo programa federal que prevê a instalação de placas solares em residências do “Minha Casa, Minha Vida (MCMV)” beneficiará 15,9 mil famílias de baixa renda no Ceará, segundo o Ministério das Cidades. No Brasil, serão 500 mil moradias com painéis fotovoltaicos, até 2027, totalizando investimento de R$ 3 bilhões.
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O decreto que institui a iniciativa, a qual foi batizada de “Luz Para Todos Minha Casa Minha Vida”, foi publicado no último 28 de junho. Os demais detalhes sobre a operacionalização, no entanto, ainda não foram divulgados.
“A regulamentação está em andamento e trará os esclarecimentos e procedimentos necessários. As famílias beneficiárias não precisam adotar medidas para serem contempladas no programa energia limpa”, disse a pasta.
Segundo o governo, o principal objetivo do projeto é reduzir os gastos com a conta de luz de forma sustentável.
Serão elegíveis os consumidores enquadrados como baixa renda (faixas urbano 1,2 e rural 1). Além disso, o equipamento estará disponível para os condomínios onde os beneficiários do MCMV residem.
Conforme o Ceo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, a inclusão de sistemas fotovoltaicos aos beneficiários do programa habitacional proporcionará uma redução de até 70% na conta de luz dos beneficiados.
“Cada real que uma família de baixa renda deixar de gastar para pagar a conta de luz no final do mês, poderá ser usado para melhorar sua alimentação, saúde, educação, transporte e qualidade de vida", avalia.
“Isso faz muita diferença na vida das pessoas, especialmente de quem ganha menos, pois cada real conta. Por isso, a inclusão da geração própria solar no PMCMV é um grande avanço em prol de mais equilíbrio e justiça social no País”, completa Sauaia.
Já Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, aponta que o serviço trará “mais investimentos, empregos verdes e mais renda aos trabalhadores, aquecendo a economia local, reduzindo impactos ambientais e aumentando a conscientização ambiental da população”.
O que é ESG?
ESG é a sigla, em inglês, para Ambiental, Social e Governança (Environmental, Social and Governance). O conjunto de práticas visa reduzir os impactos ambientais provocados pelas empresas e desenvolver um sistema econômico justo e transparente. Por isso, pode contribuir para a descarbonização da economia, termo usado para a redução da emissão de dióxido de carbono (CO₂), principal gás responsável pelo efeito estufa. ESG surgiu em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2004, e também está atrelado aos Objetivos de Desenvolvimento da ONU.
Por que o ESG é importante para o consumidor?
O ESG é importante para toda a sociedade, considerando que o País é marcado por assimetrias socioeconômicas, herança do período colonial, escravista e de uma cultura patriarcal. Por isso, pode promover mudanças de equidade no mercado de trabalho, além de reduzir os impactos ambientais dos negócios, sobretudo em um contexto de crise climática. Compreender a importância da agenda ESG ajuda a tomar decisões de consumo baseadas em práticas ambientais e sociais, pressionando os negócios a se adequarem.
O que é a Agenda 2030?
A Agenda 2030 é um compromisso global firmado pelos 193 Estados-membro da ONU, com o objetivo de gerar desenvolvimento sustentável nas dimensões econômica, social e ambiental, considerando as prioridades de países e localidades. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são parte da Agenda 2030
O que é o Acordo de Paris?
O Acordo de Paris é um pacto internacional voltado para conter o aquecimento global, aprovado como lei doméstica por 194 países e pela União Europeia, em 2015. Pelo tratado, a meta era manter o aquecimento abaixo de 2ºC e, na medida do possível, 1,5ºC.