Time da Série A que mais jogou em 2024, com 50 partidas, o Fortaleza tem sofrido com a sequência desgastante de partidas desde o começo do ano. Porém, nos meses de junho e julho, foi perceptível o salto que o time teve em termos de resultado e desempenho. Não é coincidência. Muito disse se deve ao fato que o Fortaleza disputou apenas uma competição neste período.
Os números comprovam. O Fortaleza aumentou aproveitamento quando passou a focar apenas no Brasileirão.
No dia 9 de junho, o Tricolor conquistou o Tricampeonato da Copa do Nordeste sobre o CRB. Até lá, dividia atenções com Nordestão, Copa Sul-Americana e Série A. Antes, ainda havia a Copa do Brasil e Campeonato Cearense.
Até o duelo da volta contra o time alagoano, intercalando competições, o Fortaleza fez 37 jogos, com 16 vitórias, 15 empates e 6 derrotas. Aproveitamento de 56,7% dos pontos disputados.
De lá pra cá, jogando apenas o Brasileirão, foram 13 jogos, com 8 vitórias, 2 empates e 3 derrotas. Aproveitamento de 66,7%.
O recorte de jogos no período é menor, mas vale considerar que o grau de dificuldade é mais elevado, jogando apenas contra adversários da elite do futebol brasileiro.
É possível perceber uma relação direta entre resultados e desempenho com a quantidade extenuante de jogos. Some a isso as viagens desgastantes (o Fortaleza é o time da Série A que mais viaja) e o curto intervalo entre um jogo e outro, se tem explicações para alguns desempenhos abaixo do esperado no 1º semestre.
O desafio de Juan Pablo Vojvoda e seus comandados será, agora em agosto, conseguir conciliar o Campeonato Brasileiro com o retorno da Copa Sul-Americana, que chega na sua fase eliminatória e promete jogos ainda mais desgastantes (física e mentalmente).
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