Titular absoluto nos dois últimos anos, o camisa 6 agora terá que retomar a vaga que está sendo muito bem ocupada por Victor Luís, um dos destaques do Alvinegro no início de 2022
Exatos 90 dias. Foi esse período que Bruno Pacheco passou afastado dos gramados. Após longos três meses, o camisa 6 do Ceará voltou a vestir a camisa alvinegra no último sábado (5), na vitória por 2 a 0 sobre o CSA, pela Copa do Nordeste, e o retorno do jogador acirra de vez a disputa na lateral-esquerda do Vovô.
Pacheco foi titular absoluto nos últimos dois anos. Foi, durante todo este período, unanimidade. Jogador incontestável e de extrema regularidade, esteve entre os atletas com maior minutagem não apenas do Ceará ou do Brasil, mas do mundo inteiro.
Ninguém imaginava discutir a posição dele no time. Na última Série A, fez 34 jogos e todos como titular. Até o dia 5 de dezembro, quando saiu machucado no empate em 0 a 0 com o América-MG, por conta de lesão muscular na coxa. Desde então, ficou sem atuar.
VICTOR LUÍS
Com a necessidade de reforçar o setor, o Ceará foi ao mercado e contratou Victor Luís, um velho conhecido da torcida. Acontece que o ex-jogador do Palmeiras iniciou o ano bem demais e está sendo um dos principais destaques da equipe de Tiago Nunes.
No jogo contra o CSA, foi o melhor em campo e abriu o caminho para o triunfo, aos 35 minutos do 1º tempo, em um belo chute de fora da área. Foi o 3º gol dele neste ano.
O início do camisa 33 no Vovô é excelente. Além dos gols, está contribuindo bastante para a criação de jogadas ofensivas e, também, tem demonstrado solidez defensiva.
QUEM JOGA?
Com Victor Luís em alta e Bruno Pacheco recuperado, a disputa será boa. Quem então deve jogar? Com a palavra, Tiago Nunes, que comentou também a disputa na lateral-direita (entre Nino Paraíba e Michel Macedo).
"O futebol é feito de momento. As circunstâncias que vão dizer quem vai ser o titular. Em alguns momentos vai ser o Victor, em alguns momentos vai ser o Bruno, em alguns momentos vai ser o Nino e em alguns momentos vai ser o Michel. Assim como todos os jogadores. Eu não acredito realmente que exista um titular incontestável. Há jogadores que se destacam mais que os outros e acabam tendo vantagem técnica para jogar. Existem fatores estratégicos, físicos e comportamentais que o treinador tem que avaliar. Eles sabem que têm que merecer jogar, disputar posição, e no momento, quem eu entender que está melhor, vai ter oportunidades", disse o treinador.