As primeiras (e não definitivas) impressões do Ceará em 2025
Ceará estreou com vitória por 2 a 1 sobre o Tirol em atuação que, apesar do contexto, teve pontos bem interessantes

Independente do resultado e até mesmo da atuação, nenhuma avaliação da estreia do Ceará em 2025 poderia ser definitiva. Para o bem ou para o mal. Foi apenas o primeiro jogo da temporada, com somente 15 dias de preparação, em um elenco que passou por profunda reformulação e teve muitas mudanças. Considerando tudo isso, é possível, porém, apontar algumas impressões da vitória por 2 a 1 sobre o Tirol, neste sábado (18).
O time foi a campo com mais jogadores contratados que remanescentes. Entre os titulares, foram seis novos reforços (Keiller, Marllon, Nícolas, Fernando Sobral, Galeano e Pedro Henrique) e cinco que já estavam no ano passado (Rafael Ramos, Ramon Menezes, Richardson, Lucas Mugni e Aylon).
Natural que o time demonstrasse certas dificuldades para a estreia no ano, mas o 1º tempo foi muito positivo. Além do resultado, o Ceará mostrou aspectos interessantes para um primeiro jogo. Entrou com intensidade, vontade e disposto a fazer valer sua superioridade técnica.
Mesmo perdendo Rafael Ramos com 1 minuto de bola rolando (após entorse no tornozelo direito, Dieguinho entrou no seu lugar), o Ceará mostrou boa organização, mobilidade ofensiva, entrosamento e jogadas interessantes.
Ter feito logo 1 x 0 com 5 minutos, após pênalti sofrido por Pedro Henrique, que ele sofreu e converteu, contribuiu para uma atuação tranquila e controlada, que teve ainda gol de Ramon Menezes após assistência de Lucas Mugni para fechar em 2 x 0 a etapa inicial.
Mas o 2º tempo foi diferente. A intensidade caiu, provavelmente pela questão física, e o Ceará praticamente não jogou. Do outro lado, o Tirol melhorou. Colocou bola na trave, teve pênalti marcado (mas anulado por impedimento) e até diminuiu, com Soares, em chute de fora da área que teve falha do goleiro Keiller.
De todo modo, estrear vencendo é positivo. Aumenta a confiança para um trabalho que se inicia e vai necessitar de cautela e paciência.
PONTOS POSITIVOS
Individualmente, Pedro Henrique foi o melhor dos contratados, tranquilamente. Além do gol, esteve envolvido nas principais jogadas ofensivas, sobretudo no 1º tempo. Atacante de velocidade e habilidoso, tem tudo para ser uma das principais referências no ataque.
Galeano e os laterais Dieguinho e Nícolas também foram bem, assim como o sempre regular Fernando Sobral.
Dos remanescentes, Lucas Mugni foi o melhor em campo. Participou dos dois gols, se movimentou bastante, deu assistência para Ramon Menezes e contribuiu bastante para o setor criativo enquanto teve gás.
NÃO FOI LEGAL
O goleiro Keiller não passou segurança. Natural ele ser testado - Léo Condé disse em entrevista coletiva que dos goleiros do elenco, é o único que ainda não havia atuado pelo Ceará - mas além de ter falhado no gol, não passou tanta confiança quando exigido. É cedo, claro, e ele pode se recuperar. Mas aqui fica uma impressão inicial.