A responsabilidade de Barroca e os problemas do Ceará que vão além dele

Treinador tem sido alvo de críticas, e muitas são merecidas, mas não é o único culpado pelo momento

Legenda: O técnico Eduardo Barroca foi apresentado no Ceará em abril
Foto: LUCAS CATRIB / SVM

Tenho falado ao longo da semana como o técnico Eduardo Barroca tem responsabilidade no desempenho do Ceará nos últimos jogos. Há mais de 60 dias no comando, o treinador ainda não conseguiu implementar suas ideias para assegurar consistência com boas atuações e o time tem sofrido na Série B do Brasileiro.

Houve bons momentos na caminhada, como as vitórias sobre Criciúma (2x1), Londrina (3x1) e Atlético-GO (3x0). Mas, também, derrotas com atuações ruins contra Novorizontino (3x0), CRB (3x1) e Vitória (2x0), além de partidas em que não perdeu, mas não jogou bem (Ponte Preta, Tombense, Chapecoense e Sampaio Corrêa).

Barroca é o técnico. É ele que comanda os treinos no dia a dia, escala o time, escolhe quem joga, define o modelo de jogo para as partidas, substitui as peças...enfim, é a palavra final em qualquer tomada de decisão.

Outros problemas

Albeci Júnior e Juliano Camargo com as camisas do Ceará
Legenda: O executivo Juliano Camargo, ao lado do diretor Albeci Júnior
Foto: Felipe Santos / CSC

Isso não quer dizer, porém, que ele é o único responsável. Os problemas do Ceará vão além dele. Alguns jogadores não estão no melhor momento e o grupo como um todo pode render mais do que vem rendendo.

Além disso, o elenco do Ceará tem lacunas claras e o Departamento de Futebol, comandado por Albeci Jr. e Juliano Camargo, possui responsabilidade nisso.

Chegar à 13ª rodada do Campeonato Brasileiro (principal objetivo do time no ano) improvisando laterais nos dois lados é a clara demonstração de que houve falha no planejamento. Sem falar a contratação de jogadores questionáveis que, até agora, pouco contribuíram.

Talvez até por isso o clube insista em Barroca. Por acreditar que ele é capaz de dar uma melhor resposta e, também, de fazer valer a convicção da diretoria quando demitiu Morínigo e o escolheu meio às finais da Copa do Nordeste.