Desorganização financeira, procrastinação, problemas sociais e relacionais, envolvimento em conflitos frequentes no trabalho. Sabia que essas dificuldades podem ser consequências de um transtorno não diagnosticado ou não tratado desde a infância?
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento, de origem genética, que afeta o lobo frontal do cérebro. Essa região, é responsável pela nossa capacidade em controlar impulsos, prestar atenção, planejar, regular o comportamento, dentre outros.
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Esse transtorno é diagnosticado e tratado comumente na infância, porém, muitos não sabem, que se não tratado, suas consequências persistem até a vida adulta.
As consequências de não tratar o TDAH na infância podem variar dependendo do indivíduo, mas geralmente incluem:
1- Prejuízos profissionais e financeiros: Quando não tratado de forma adequada, as dificuldades de atenção, de gerenciamento do tempo, impulsividade e falta de organização, podem afetar a produtividade, o cumprimento de prazos e conclusão de tarefas, afetando muito o desempenho profissional, o estabelecimento de uma carreira estável, e estabilidade financeira.
2- Problemas sociais e de relacionamento: A impulsividade, a desatenção e a hiperatividade podem interferir na capacidade de manter relacionamentos saudáveis, o que pode afetar a vida sócial, relacionamentos amorosos e a formação de vínculos duradouros.
3- Baixa autoestima: As dificuldades enfrentadas no dia a dia, juntamente com a falta de compreensão sobre o TDAH, podem levar a problemas de autoestima e autoconfiança. O sentimento de não ser capaz de cumprir expectativas pessoais ou sociais pode afetar negativamente a imagem que a pessoa tem de si mesma.
4- Problemas de saúde mental: O TDAH não tratado está associado a um maior risco de desenvolver problemas de saúde mental na vida adulta. Isso pode incluir ansiedade, depressão, transtornos de humor e problemas de autocontrole. A pessoa pode ficar com uma maior vulnerabilidade a desenvolver vícios, uso excessivo de álcool e/ou drogas e compulsões. O manejo adequado do TDAH pode ajudar a reduzir esses riscos.
Se for identificada algumas dessas dificuldades, é importante procurar um profissional de saúde mental (neurologistas, psiquiatras, psicólogos) para investigação. Ressalto que o TDAH pode ser tratado e gerenciado em qualquer idade.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado, que podem incluir terapia comportamental, estratégias de organização, medicamentos ou uma combinação de abordagens, podem ajudar a minimizar essas consequências e permitir uma vida com menos prejuízos e mais leve na fase adulta.
*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora