O que é o Drex e como ele vai mudar a minha vida?

Legenda: O Drex deve ser disponibilizado a partir do final de 2024
Foto: Reprodução

Como dizia Steve Jobs, “A tecnologia move o mundo.” Isso é fato. Podemos não gostar, não entender, não nos adaptarmos, mas é fato que o mundo tem se transformado com o desenvolvimento tecnológico mundial.

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Basta lembrarmos de um método de pagamento que surgiu em novembro de 2020, em que muitos nem entendiam e nem acreditavam, e hoje, em apenas 3 anos, este meio de pagamento já opera com 537 milhões de chaves, quase 3,3 milhões de transações mensais e R$ 1,3 trilhão, segundo dados do Banco Central do Brasil. Quem é ele? O PIX.

E agora, lançado oficialmente em agosto deste ano, surge o DREX. Mas o que é, de onde vem, do que se alimenta? Vamos esclarecer aqui como o DREX pode mudar sua rotina financeira.

É importante que todos entendam o que é o DREX (nome oficial do Real Digital recém-anunciado pelo Banco Central) e o que ele não é antes de qualquer análise. Talvez seja mais proveitoso começar a explicação por aí. 

De acordo com as informações recentes, a criação da moeda digital de banco central (em inglês, Central Bank Digital Currency – CBDC) viabilizará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso democrático por cidadãos e empreendedores.

“A combinação de letras forma uma palavra com sonoridade forte e moderna: ‘d’ e ‘r’ fazem alusão ao Real Digital; o ‘e’ vem de eletrônico e o ‘x’ passa a ideia de modernidade e de conexão”. Porém, o “r” também faz alusão a um princípio essencial no real digital: ele é rastreável. Isso mesmo. Todo fluxo do dinheiro, origem e destinos estarão “registrados” via DREX.

Outro ponto importante é que o DREX não é uma criptomoeda, ainda que utilize plataformas digitais (blockchain), ele não tem flutuações de valores (volatilidade) como as criptomoedas e, portanto, terão mais segurança pela paridade garantida de 1REAL = 1 DREX.

Para se ter uma ideia, segundo pesquisa do Atlantic Council, 130 países, representando 98% do PIB global, estão explorando uma CBDC. Em maio de 2020 eram apenas 35. Atualmente, 64 países estão em fase avançada de exploração, assim como o Brasil, enquanto 11 já lançaram oficialmente, sendo a China o exemplo mais avançado.

Mas. Pra que serve o DREX? Vou listar alguns pontos que podem mudar a forma como você utiliza seu dinheiro no dia a dia. Vejam só.

  • Contratos Inteligentes – com o DREX, quando você resolver comprar um carro, por exemplo, e ficar na dúvida se paga primeiro e depois transfere o carro para seu nome ou se o vendedor tem que transferir primeiro o carro e depois você paga, dúvida comum nestes casos, com o DREX você terá um contrato inteligente onde o DREX só será transferido quando o carro estiver no seu nome, com garantia e confiança dos dois lados da negociação.
  • Gestão financeira pessoal – com a redução de intermediários bancários e pela forma de uso do DREX, você poderá centralizar todas as suas operações financeiras em uma só conta, facilitando em muito toda a gestão do seu dinheiro;
  • Movimentação maior da Economia – a expectativa é que o DREX consiga aglutinar várias transações, automatizando algumas e, portanto, criando um ambiente de negócios mais seguro e favorável;
  • Redução de custos bancários - uma das propostas centrais do DREX é a redução dos custos associados às operações bancárias. Com taxas menores e processos mais eficientes, os usuários podem se beneficiar de transações financeiras mais acessíveis e econômicas, permitindo que mais pessoas participem ativamente do sistema financeiro.
  • Fim dos Desbancarizados - a moeda digital visa democratizar o acesso aos benefícios da economia digital. Isso pode facilitar a inclusão financeira, permitindo que pessoas que antes não tinham acesso a serviços bancários tradicionais possam realizar transações e gerenciar suas finanças de maneira mais eficaz;
  • Inteligência nos pagamentos - o DREX também pode ser usado para pagamentos inteligentes, como exemplificado no caso do pagamento de taxas governamentais, como o Renavam e o IPVA.

Esses pagamentos podem ser automatizados, garantindo que o dinheiro seja direcionado para o destino certo de maneira precisa e sem demora. Isso reduz a burocracia e o tempo gasto pelos cidadãos na realização desses pagamentos obrigatórios.

Enfim, são vários os pontos a serem discutidos quanto ao DREX. Muitos descrentes acreditam que tal moeda não será tão bem aceita no Brasil. Mas, ainda bem que as evoluções tecnológicas saudáveis ocorrerão com ou sem a presença dos descrentes. Importante mesmo é você se atualizar, conhecer e entrar na era digital.

Pensem nisso! Até a próxima.

@anima.consult
Economista, Consultora, Professora e Palestrante

*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora.



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