Você já pensou em investir no mercado financeiro? E também já pensou que quem investe é porque tem dinheiro sobrando? E que para começar tem que ter um valor alto de dinheiro? E que não é para você?
Pois bem. Cada vez mais os brasileiros estão buscando diversos tipos de investimento. Entre eles, a Bolsa de Valores. Isso mesmo. Segundo dados da B3 (Bolsa de Valores do Brasil), houve a entrada de 1,25 milhão de novos investidores na bolsa brasileira entre julho de 2021 e junho de 2022, o que fez a quantidade de CPFs saltar 40%, de 3,15 milhões para 4,40 milhões de pessoas e 5,74 milhões em 2023.
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Isso comprova a tendência de todos em busca de possibilidades de valorização do seu dinheiro ou redução de perdas do poder de compra. Mas sabemos que, quando decidimos investir, é como se entrássemos em um novo mundo, cheio de possibilidades e que, muitas vezes, não conseguimos distinguir o que é melhor para nós. Tantas siglas, nomes técnicos e informações conturbadas que acabamos por desistir ou, pior, investindo no mais comum: a poupança.
Já reforcei que a poupança, no cenário atual, não é um investimento, pois seus rendimentos sequer cobrem a inflação. E esse comportamento tem as características da Síndrome de Charmin.
A concepção foi apresentada por Lynch em sua obra "One Up On Wall Street", lançada pela primeira vez em 1989, e continua relevante nos dias atuais à medida em que um número crescente de pessoas físicas adentra o mercado de ações em busca de opções para investir seus recursos financeiros.
O autor exemplifica a Síndrome com uma marca de papel higiênico de nome Charmin, onde o personagem do livro se dedica horas a pesquisar qual menor preço do papel higiênico que deve compras, mas na hora de pesquisar sobre os investimentos na empresa produtora do papel higiênico (P&G), ele não dedica nem um minuto.
A Síndrome de Charmin, portanto, é quando as pessoas se dedicam em pesquisar melhores condições de preços para itens básicos de consumo, mas não fazem o mesmo no momento de investir seus recursos, o que demonstra a falta de educação financeira que temos.
Então, para você se livrar desta Síndrome, seguem algumas dicas:
O que ocorre, é que muitas vezes os investidores não estão familiarizados com estas mudanças de valor dos investimentos e tendem a “perder dinheiro”. Mais que um jogo ou vício, como em muitos casos presenciamos, investir é um aprendizado. E como todo aprendizado consistente, deve haver estudo em fontes seguras. Hoje existem inúmeros cursos gratuitos na internet que podem te ajudar.
Não desista e invista. Não ceda a esta Síndrome.
Pensem nisso! Até a próxima.
Ana Alves
@anima.consult
*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora.