O mercado de trabalho, entre os diferentes temas econômicos, é um dos mais relevantes para ser acompanhado, uma vez que os seus resultados impactam diretamente a economia real e a “parte mais sensível do corpo humano”: o bolso.
DESEMPREGO EM FORTALEZA
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na semana passada, divulgou os dados referentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), referente ao 4º. Trimestre de 2023, e para Fortaleza, os números do desemprego não foram dos melhores.
A taxa de desocupação em Fortaleza foi 9,2% no último trimestre de 2023, registrando alta na comparação com o mesmo período do final de 2022, quando era 7,5%.
CENÁRIO DETERIORADO
O cenário do mercado de trabalho em Fortaleza apresentou deterioração, uma vez que em apenas um ano, deixou o posto da capital do Nordeste com a menor taxa de desemprego, e agora também passou a ter taxa de desocupados mais alta que a média do Brasil, que foi de 7,4% no último trimestre de 2023.
Entre as capitais do Nordeste, apenas Fortaleza e Aracaju, apresentaram piora das condições do mercado de trabalho, quando comparado a taxa de desocupação dos últimos trimestres de 2022 e 2023. Na verdade, caro leitor, o município de Aracaju apresentou elevação de apenas 0,1 ponto percentual da taxa de desocupação. Já a cidade de Fortaleza, entre o 4º. Trimestre de 2022 e o 4º. Trimestre de 2023, a taxa de desocupação subiu 1,7 ponto percentual.
Veja a seguir os dados da taxa de desocupação (em%) das capitais do Nordeste na comparação entre os quartos trimestres de 2022 e 2023. Os dados são do IBGE.
Cidade |
4º trimestre de 2022 (em %) |
4º trimestre de 2023 em (%) |
Teresina (PI) |
8,7 |
7,3 |
Natal (RN) |
8,8 |
7,4 |
Maceió (AL) |
10,5 |
8,5 |
São Luís (MA) |
11,0 |
8,9 |
Fortaleza (CE) |
7,5 |
9,2 |
João Pessoa (PB) |
11,4 |
10,6 |
Recife (PE) |
13,1 |
11,9 |
Aracaju (SE) |
13,1 |
13,2 |
Salvador (BA) |
14,3 |
14,1 |
A elevação do desemprego na cidade de Fortaleza, de maneira geral, é explicada de forma conjuntural, pela menor pujança econômica percebida em algumas atividades na indústria, construção e serviços, e também de modo estrutural, uma vez que perdendo espaço econômico para as cidades da região metropolitana.
Grande abraço e até a próxima semana.
*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.
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