O trabalho de Marcelo Chamusca no Fortaleza está em momento de evolução dos aspectos táticos. Prestes a completar o 5º jogo no novo ciclo pelo time, o treinador trabalha em mudanças pontuais na formação leonina para sequência da Série A. Em entrevista exclusiva ao programa Debate Jogada, o comandante destrinchou os planos para a equipe.
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Antes, vale ressaltar que um jogo de futebol tem seis fases principais: organização ofensiva, organização defensiva, transição ofensiva, transição defensiva, bola parada ofensiva e bola parada defensiva. Através desses pontos, expectativa é aprimorar certas características do padrão atual.
No roteiro, ajustes nos conceitos aplicados em campo e também no posicionamento de peças. É fato: uma das marcas da equipe é a força do setor defensivo, o 2º menos vazado (21). Por isso, um ajuste fundamental envolve melhorar os desarmes e a compactação.
“Na transição defensiva tem um conceito que acredito muito, na minha análise o Fortaleza precisa melhorar e estou dando ênfase quando tenho tempo. É na pressão pós-perda, na pressão no campo do adversário. Você recuperar mais rápido no campo do adversário. Na parte de organização defensiva, podemos ter melhor compactação quando sai para transitar”, explicou.
Paralelo ao aspecto de contenção, a busca é por postura mais agressiva. Nas partidas com Chamusca, o Fortaleza melhorou o número de finalizações. A construção das jogadas atravessa inclusive orientação dos diferentes flancos atacados.
No escopo recente, o Leão realizou 56 arremates em quatro partidas. O maior detalhamento indica 24 na direção da meta, 39 para fora e cinco dentro da área. E o volume foi convertido em gols diante de Goiás (1), Botafogo (2) e São Paulo (2). A opção por um ‘camisa 10’ também é sugerida.
“Uma outra situação é posição/função que podemos crescer. Quando enfrentamos o Goiás, 11 atrás da bola, a gente ter melhor jogo de entrelinhas. Porque não consegue ter espaço para furar pelo lado, uma linha de seis, e com três volantes se desenham alguns espaços. Aproveitamos pouco e pela característica não temos estrelinhas, temos três que podem se encaixar (Marlon - Vázquez - João Paulo). Esse é um detalhe tático para quando enfrentar um bloco baixo”, declarou.
Os pontos são para crescimento técnico. O Fortaleza é bem montado e consciente das funções, não precisa de um sistema tático implantado desde o início. O desafio de Chamusca é potencializar e corrigir o atual padrão com melhorias.