Eduardo e Flávio controlam os diretórios do partido em São Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente
O laranjal do PSL, como o caso ficou conhecido gerou uma crise na legenda e contribuiu para o desgaste entre Bivar e Bolsonaro
A auditoria ainda será solicitada pelo partido. O contra-ataque vem após o presidente pedir a relação completa de receitas e despesas da legenda para avaliar como foram utilizados os recursos públicos recebidos pelo PSL numa tentativa de justificar a saída de parlamentares da legenda para que eles não percam o mandato por infidelidade partidária
Na terça-feira passada, ele escancarou o conflito quando pediu a um militante do partido que esquecesse o PSL e afirmou que Bivar estava "queimado para caramba"
O líder do PSL no Senado voltou a defender o afastamento do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, para que ele possa se defender da acusação do Ministério Público de Minas Gerais de desvio de recursos públicos
A possibilidade de os filiados deixarem o partido, caso o presidente abandone a legenda, passa a ser encarada pelo núcleo da sigla como fato, e sanções já começam a ser consideradas para punir eventuais "traidores"
Além da comissão presidida por Eduardo, o PSL também comanda outras duas comissões: a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com Fernando Francischini (PSL-PR), e da Fiscalização, com Léo Motta (PSL-MG)
Desde o início de sua carreira política, Bolsonaro já passou por oito legendas
As ameaças do presidente da República de deixar o partido pode alimentar uma debandada de aliados que se filiaram à sigla para a disputa eleitoral do ano passado. Mesmo esvaziada, a legenda segue fortalecida pela legislação
Dirigentes do partido ouvidos pelo Estado afirmam que o presidente pode levar até 15 dos 53 deputados federais, além de dois dos três senadores - Flávio Bolsonaro (RJ) e Soraya Thronicke (MS)