QUE NEM TU: Alanzim Coreano, do hit Pega o Guanabara, conta que não estava preparado para o sucesso

O cearense contou que, aos 19 anos, viu sua vida mudar completamente e chegou a pensar se a vida de cantor era o que ele desejava

"Pega o Guanabara", composição que fez Alanzim Coreano estourar no Brasil, foi o grande marco da vida deste cearense nascido e criado em Cascavel, cidade da Região Metropolitana de Fortaleza. A canção alcançou o Top 3 das músicas mais executadas nas plataformas de streaming. Ultrapassou mais de 100 milhões de views e o clipe original somado a participação com Wesley Safadão superam a marca de 200 milhões de visualizações. Virou meme, virou hit, virou de pernas para o ar a rotina do menino, que se dividia entre ser uma aposta da categoria de base dos clubes de futebol local com o ofício de compositor.

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Em entrevista ao Que Nem Tu, o cantor e compositor revelou que não estava preparado para o sucesso. "No auge da [música] 'Guanabara', eu fiz 63 shows em 2 meses. Eu nunca tinha subido em palco. Até então tinha cantado só pra família. E no decorrer do tempo a gente andava de ônibus dando prego. Era certeza, todo dia, dar prego 12h. Eu tinha 19 anos de idade. Era muito difícil chegar nos hotéis. Às vezes eu [pensava] será se é isso mesmo que eu quero pra minha vida? A galera ver a gente no palco, mas não sabe o que a gente passa. Vários acontecimentos, livramento de assaltos. Foi muito difícil. E eu, Alan, não estava preparado para o sucesso quando veio", conta.

Alanzim disse que via, pelas redes sociais, seus amigos se divertindo e curtindo a vida enquanto ele se dedicava ao trabalho, viajando e longe da família e amigos. Todos esses fatores impactaram em sua saúde mental. "Mas, Deus é muito bom e de lá pra cá eu venho me preparando, pegando maturidade. Eu tenho muito o que viver e aprender ainda. Mas de lá pra cá eu posso dizer que estou preparado pro sucesso", acredita ele que vem dando grandes passos na carreira.

A música, também relata ele, foi composta originalmente por Jujuba, Juninho Compositor e Playboy dos Hits em 2023 sem o nome Guanabara. "Antes a música era assim: "Pega o buzão e vem". Mas eles [compositores] foram inteligentes. Eu até perguntei a eles se foi  pensando na marca. Mas não foi. Foi organicamente. A palavra Guanabara encaixou perfeitamente na melodia, né?", confidencia.

Recentemente, ele assinou um contrato com a gravadora Universal, o que o colocou em um outro patamar. Em um catálogo de artistas com nomes poderosos, como Anitta, o cearense acredita que outras novas parcerias potentes possam acontecer. 

Legenda: Alanzim Coreano conversou com os apresentadores do Que Nem Tu, Alan Barros e Karine Zaranza, e com o colunista do É Hit, João Lima Neto, sobre a carreira e os desafios do forró
Foto: Ismael Soares

"A gente tava recebendo várias propostas de várias gravadoras. E a gente nem pensou duas vezes. Uma gravadora que tem vários artistas grandes, como Anita. Tô muito feliz. Pra mim é um sonho. Uma grande conquista. Tudo acontecendo no tempo certo. Quando você tem uma gravadora que te apoia, tem coisas que se tornam mais fáceis. Televisão, lançamento de música, feats", elenca ele sobre a escolha da nova casa.

O tempo certo, para o cearense, é o agora. Com mais experiência de estrada, melhor amparado emocionalmente e com um DVD recém-gravado em sua terra Natal. Com o nome "Forró e Futebol", o DVD une as duas paixões de Alanzim e também conta um pouco de sua história. A começar pelo local escolhido: a praça São Francisco, em Cascavel, era palco do menino que sonhava com o futebol, mas também acalentava seu amor pela música e pela composição.

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Alanzim teve nomes grandes em feats que prometem fazer barulho. Mari Fernandes, Zé Vaqueiro, Eric Land, Junior Vianna, Henry Freitas e Rai Saia Rodada cantaram junto com ele músicas que estão do álbum novo. Além desses artistas que participaram do DVD e de Wesley Safadão, que gravou com ele Pega o Guanabara, a versão compositor teve outros nomes de artistas que o impulsionaram, como Taty Girl ( Meu coração me odeia) e Márcia Felipe ( Adeus, bye, bye).

Mas, nem sempre houve apoio entre os forrozeiros. Alanzim diz que se surpreendeu com a rivalidade no meio. Entre alguns relatos, ele lista a falta de oportunidade e cessão de espaço de outros cantores a ele quando ainda não era famoso e até sabotagem. "Já cortaram até fio de som. Quantas vezes meu produtor correu pra resolver a parada", denuncia. No entanto, ele defende que tem espaço para muitos. "Tem espaço pra todo mundo. Você ver que vem estourando vários artistas. Se cada um pudesse dar oportunidade. Claro que a pessoa tem que fazer por merecer".

O cantor e compositor também relembrou o início da carreira, quando recebeu o convite inesperado para cantar e a engraçada situação que fez com que ele ganhasse o nome artístico de Coreano.